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IDENTIDADE DOS BICHOS
Cães e gatos vão usar placas em SP
Medida de identificação tenta prevenir raiva e leishmaniose em Olímpia
EDMILSON ZANETTI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Com medo da raiva e da leishmaniose, doenças que podem
levar à morte, o município de
Olímpia, no interior de São Paulo, decidiu que cães e gatos só
podem andar nas ruas com placas semelhantes às de veículos.
A medida, adotada pela Secretaria da Saúde, passou a ser
obrigatória para os cerca de
8.000 cães e estimados mil gatos
de Olímpia (434 km de SP).
Os animais encontrados na
rua sem a identificação serão sacrificados ou doados para pesquisas universitárias, segundo o
secretário municipal da Saúde,
Giovanni Batista Júlio, 40.
O emplacamento dos bichos
começou anteontem, com a
campanha de vacinação contra
a raiva. Clínicas e casas de produtos veterinários também distribuem as placas gratuitamente. Segundo a diretora da Vigilância Sanitária, Sueli Ruiz, não
houve resistência de moradores.
Cada animal recebe, em um
cordão dependurado no pescoço, uma placa de 2 cm por 5 cm,
com uma letra e oito números
que permitem sua identificação
e a do dono, a partir de um banco de dados. O cadastro traz o
número de registro do animal,
cor do pêlo, sexo, idade, informações sobre vacinas, o nome
do dono, endereço e telefone.
A medida faz parte de um programa do Instituto Pasteur, ligado à Secretaria de Estado da
Saúde, para controle da raiva.
Segundo a diretora-geral do
órgão estadual, Neide Takaoka,
desde 1997 foram distribuídas
mais de 1 milhão de placas a
municípios de São Paulo. Poucos adotaram a medida.
O último caso de raiva humana no Estado foi registrado em
97 em Avanhandava -região
de Araçatuba (530 km de SP).
A incidência da doença tem
diminuído também em animais, segundo estatísticas do
Pasteur. Foram 11 casos em
1997, sete em 1998, cinco em
1999 e quatro em 2000. Este ano
foi identificado um foco de raiva
animal, com sete casos, em Espírito Santo do Pinhal.
O secretário de Olímpia considera que, além da raiva, o município pode se prevenir de eventual contágio de leishmaniose,
doença que já matou seis pessoas desde 1999, de uma relação
de 45 contaminados na região
de Araçatuba. As duas cidade ficam distantes menos de 200
quilômetros. O controle, pelas
placas, facilita também a adoção
de política de controle de natalidade animal.
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