São Paulo, terça-feira, 27 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Expulso de casa, agente procura lugar para ficar

DA REPORTAGEM LOCAL

Faz cerca de um mês que o agente penitenciário Marcos (nome fictício), 36, não volta para casa. Com a mulher e quatro filhos, foi expulso de onde morava, na Baixada Santista, por ordem de criminosos que, acredita, sejam do PCC. Dois homens de moto avisaram: "Já mataram um monte de "mano" nosso e polícia, aqui, não fica. Você tem meia hora para ir embora, senão morre você e sua família".
Marcos, agente há 17 anos, ficou dois dias num hotel. Acabou o dinheiro. Ele ganha R$ 1.600/mês, mas, licenciado por estresse pós-traumático, recebe R$ 800. Mudou-se para a casa de um amigo, em São Paulo, mas "eram dois cômodos e oito crianças". O sindicato da categoria, então, indicou uma casa.
Ontem, o secretário Antônio Ferreira Pinto (Administração Penitenciária) ofereceu moradia no presídio de Franco da Rocha. Rejeitou. "Lá é regime semi-aberto, os presos perambulam o dia inteiro", disse. "É uma vergonha o Estado fazer isso com um agente que sempre trabalhou." A secretaria não comentou ontem a situação.


Texto Anterior: Com medo, agentes já ameaçam parar serviço
Próximo Texto: Delegacias e bases da PM ficam em estado de alerta
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.