São Paulo, sábado, 27 de junho de 2009

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Tática de usuário é pegar trem no sentido contrário

DA REPORTAGEM LOCAL

Cada usuário inventa o seu jeito para driblar a superlotação na CPTM. Após tentar entrar, sem sucesso, nos três trens abarrotados que pararam na estação Granja Julieta em direção à Santo Amaro, a secretária Andrea apelou para uma velha tática: pegou o trem vazio no sentido contrário e saltou na parada anterior, para conseguir embarcar num "menos lotado".
A Folha acompanhou Andrea na empreitada -eram 18h45. Na estação anterior (Morumbi), a reportagem entrou no trem imprensada por outros passageiros que, por sua vez, eram empurrados por "orientadores de embarque" nas plataformas -isso porque, se as portas não fecharem, o trem não pode dar partida.
A promotora de vendas Ioza Bandeira, 28, sempre que pode, pede para entrar mais tarde no serviço -assim, consegue sair mais tarde e evita o trem lotado. Ioza viajava com dois colegas de trabalho, uma mulher e um homem. Esmagados, os três brincavam. "Aqui é tão apertado que a pessoa corre o risco de entrar "livre" e sair "grávida'", disse a colega dela, para gargalhada geral no trem.
O que contribuiu muito para o aumento da quantidade de usuários do trem foi a piora do trânsito, diz ela. "Os ônibus também são superlotados e, quando não estão no corredor [exclusivo], ficam parados no engarrafamento. Aqui, pelo menos, a gente anda", diz Ioza.


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