São Paulo, sábado, 27 de junho de 2009

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Brasil encerra buscas do voo da Air France

Segundo a Marinha e a Aeronáutica, existe uma "impossibilidade técnica" de se achar mais corpos de vítimas do acidente

Em 26 dias de operação, foram resgatados os corpos de 51 das 228 pessoas que estavam a bordo; França ainda procura a caixa-preta

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

A Marinha e a Aeronáutica anunciaram ontem o fim da operação de busca às vítimas do voo 447 da Air France. Segundo os militares, a decisão foi tomada em virtude da "impossibilidade técnica" de se encontrar mais corpos no mar.
Em 26 dias de operação, 51 corpos foram resgatados. O Airbus desapareceu em 31 de maio, com 228 pessoas a bordo.
Segundo a Aeronáutica, navios e um submarino franceses permanecerão na área de buscas, na tentativa de localizar a caixa-preta do avião. O equipamento deve emitir sinais eletrônicos por mais três dias. "Deixamos claro que faríamos o melhor possível, e o melhor foi feito", disse o tenente-coronel da Aeronáutica Henry Munhoz. "Toda a área em que era possível localizar corpos foi vasculhada", declarou.
As primeiras vítimas foram encontradas no dia 6 de junho. A última foi achada no dia 17.
"Foi a maior e mais complexa operação de busca e resgate já realizada pelas Forças Armadas brasileiras", disse Munhoz. Segundo ele, as equipes cobriram uma área de 350 mil km2, o equivalente a 3,6 vezes o território de Pernambuco.
Na ação, as Forças Armadas mobilizaram 1.344 homens da Marinha e 268 da Aeronáutica.
Foram utilizados nas buscas 11 navios e 12 aeronaves brasileiros e embarcações da França, Espanha e dos Estados Unidos.
Os custos da operação não foram revelados. Até agora, 14 dos 51 corpos foram identificados: dez brasileiros e quatro estrangeiros. Segundo os militares, os parentes das vítimas foram avisados do fim das operações antes do comunicado.

Outras investigações
O NTSB, órgão dos Estados Unidos que investiga acidentes aeronáuticos, anunciou que vai apurar dois casos recentes envolvendo aviões do modelo A330 da Airbus, entre eles um voo da TAM que deixou pelo menos 13 passageiros feridos, durante uma turbulência, há pouco mais de um mês.
Em comunicado, o órgão apontou a possibilidade de falha nos indicadores de velocidade e altitude das aeronaves. O outro incidente a ser investigado ocorreu no último dia 23 durante um voo entre Hong Kong e Tóquio da empresa Northwest, que enfrentou problemas similares aos verificados no voo da TAM.
A reportagem procurou a representação da Airbus no Brasil para que a empresa comentasse a abertura da investigação. Até as 18h30 de ontem, porém, não obteve resposta.


Colaborou FÁBIO AMATO , da Agência Folha, em São José dos Campos


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