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Brasil encerra buscas do voo da Air France
Segundo a Marinha e a Aeronáutica, existe uma "impossibilidade técnica" de se achar mais corpos de vítimas do acidente
Em 26 dias de operação, foram resgatados os corpos de 51 das 228 pessoas que estavam a bordo; França ainda procura a caixa-preta
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A Marinha e a Aeronáutica
anunciaram ontem o fim da
operação de busca às vítimas do
voo 447 da Air France. Segundo
os militares, a decisão foi tomada em virtude da "impossibilidade técnica" de se encontrar
mais corpos no mar.
Em 26 dias de operação, 51
corpos foram resgatados. O
Airbus desapareceu em 31 de
maio, com 228 pessoas a bordo.
Segundo a Aeronáutica, navios e um submarino franceses
permanecerão na área de buscas, na tentativa de localizar a
caixa-preta do avião. O equipamento deve emitir sinais eletrônicos por mais três dias.
"Deixamos claro que faríamos o melhor possível, e o melhor foi feito", disse o tenente-coronel da Aeronáutica Henry
Munhoz. "Toda a área em que
era possível localizar corpos foi
vasculhada", declarou.
As primeiras vítimas foram
encontradas no dia 6 de junho.
A última foi achada no dia 17.
"Foi a maior e mais complexa
operação de busca e resgate já
realizada pelas Forças Armadas brasileiras", disse Munhoz.
Segundo ele, as equipes cobriram uma área de 350 mil
km2, o equivalente a 3,6 vezes o
território de Pernambuco.
Na ação, as Forças Armadas
mobilizaram 1.344 homens da
Marinha e 268 da Aeronáutica.
Foram utilizados nas buscas 11
navios e 12 aeronaves brasileiros e embarcações da França,
Espanha e dos Estados Unidos.
Os custos da operação não foram revelados.
Até agora, 14 dos 51 corpos
foram identificados: dez brasileiros e quatro estrangeiros.
Segundo os militares, os parentes das vítimas foram avisados do fim das operações antes
do comunicado.
Outras investigações
O NTSB, órgão dos Estados
Unidos que investiga acidentes
aeronáuticos, anunciou que vai
apurar dois casos recentes envolvendo aviões do modelo
A330 da Airbus, entre eles um
voo da TAM que deixou pelo
menos 13 passageiros feridos,
durante uma turbulência, há
pouco mais de um mês.
Em comunicado, o órgão
apontou a possibilidade de falha nos indicadores de velocidade e altitude das aeronaves.
O outro incidente a ser investigado ocorreu no último dia 23
durante um voo entre Hong
Kong e Tóquio da empresa
Northwest, que enfrentou problemas similares aos verificados no voo da TAM.
A reportagem procurou a representação da Airbus no Brasil para que a empresa comentasse a abertura da investigação. Até as 18h30 de ontem, porém, não obteve resposta.
Colaborou FÁBIO AMATO , da Agência Folha, em
São José dos Campos
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