São Paulo, segunda-feira, 27 de junho de 2011

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Oscar Freire vira "rodoviária" com ponto de fretados

Nos horários de pico durante a semana, entre 17h e 19h, circula em média um ônibus por minuto na região

Trecho inclui local onde o empresário e ciclista Antonio Bertolucci, 68, morreu atropelado por fretado neste mês

GIBA BERGAMIM JR.
DE SÃO PAULO

Passageiros são obrigados a aguardar ônibus fretados em pé, amontoados na rua Oscar Freire, sobre o viaduto Dr. João Tranchesi, em Pinheiros (zona oeste de SP).
Enquanto isso, moradores da região convivem com o fluxo intenso dos veículos, que fazem curvas perigosas ali perto, na r. Galeno de Almeida, acesso à av. Paulo 6º.
Em média, um ônibus do tipo circula no trecho a cada minuto em horário de pico, segundo contagem da Folha, entre 17h e 19h em dois dias diferentes na semana.
Foi no acesso à avenida Paulo 6º que o ciclista Antonio Bertolucci, 68, foi atropelado e morto por um fretado (no último dia 13).
O acidente não só reabriu o debate em torno da falta de espaço para ciclistas nas ruas, mas também deu margem às críticas de moradores à decisão da prefeitura de colocar o ponto de fretados ali.
Desde julho de 2009, quando o prefeito Gilberto Kassab (PSD) restringiu o tráfego de fretados no centro expandido, o viaduto, onde fica a estação Sumaré do metrô, virou ponto de embarque e desembarque dos coletivos que levam e buscam funcionários de empresas da capital para o interior. A rota era antes pela av. Paulista.
Os veículos deixam ou pegam passageiros sobre o viaduto e entram na rua Galeno de Almeida para acessar a avenida Paulo 6º. Foi esse o trajeto feito pelo fretado que atingiu o ciclista.
"Os ônibus têm que fazer curva em espaços pequenos e na descida. É perigoso", disse o restaurador Ademir Cavalcanti, 40, que trabalha na rua Amália de Noronha.
Circulam na capital cerca de 4 mil fretados por dia.
O diretor executivo do sindicato das empresas de fretados (Transfretur), Jorge dos Santos, disse que foram pedidas mudanças nos pontos de parada de coletivos, em comissão formada por passageiros, sindicato e prefeitura . Os pedidos estão sendo analisados pela prefeitura.
"Aquele ponto (no viaduto Dr. João Tranchesi) é ruim mesmo", disse. Segundo ele, a definição dos pontos de parada dos fretados foi feita no "atropelo". "Naquela ocasião (2009), vários pontos de embarque e desembarque foram definidos sem nenhuma condição", afirmou o diretor.


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