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Cadeia de Vila Branca será desativada em SP
ROGÉRIO PAGNAN
DA FOLHA RIBEIRÃO
O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou
ontem a desativação, em dez dias,
da cadeia de Vila Branca, a mais
antiga e problemática unidade
prisional de Ribeirão Preto (314
km de São Paulo). O prazo começou a ser contado desde ontem.
A determinação do governador
ocorreu após uma série de denúncias sobre funcionários da unidade que concediam privilégios aos
presos -como a entrada de barris de chope, entrega de pizza e
drogas e, ainda, a permissão para
saída de detentos para praticar
crimes como homicídio.
Alckmin disse que os 258 detentos (números de ontem) de Vila
Branca serão transferidos para os
CDPs (Centros de Detenção Provisória) -os que ainda não foram condenados- e para penitenciárias -os já condenados-
da região.
Excluindo a penitenciária de
Araraquara, existia, na região, um
excedente de 17 presos nas quatro
unidades (três penitenciárias e
um CDP), no fim da tarde de ontem. Em Araraquara, cerca de 900
detentos dividiam 500 vagas.
A unidade de Vila Branca será
transformada em uma cadeia feminina para 210 detentas. A administração será da Secretaria de
Estado da Administração Penitenciária -hoje, pertence à Segurança Pública. O custo da reforma
e o início das obras não foram informados.
Orelhão
A Promotoria de Bebedouro investiga a hipótese de um preso ter
saído de uma unidade prisional
para usar um telefone público.
O indício da irregularidade foi
apontado após gravações de conversas telefônicas envolvendo
compra e venda de armas. A origem da ligação ainda é desconhecida. De acordo com as investigações, o traficante Gilberto Silva,
preso anteontem, em Olímpia,
negociou armas com um preso
que disse estar falando de um orelhão. "Preciso saber logo, quanto
é (...). Não estou falando de celular, estou usando cartão", aponta
parte do diálogo.
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