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TRÂNSITO
Caminhão provoca dano na Eusébio Matoso, que custará mais de R$ 2,5 milhões à prefeitura; multa a motorista foi de R$ 127
Ponte ficará em reforma por até 180 dias
DA REPORTAGEM LOCAL
O conserto do dano causado
por um caminhão irregular na
ponte Eusébio Matoso (marginal
Pinheiros, na zona oeste de SP)
deve demorar até seis meses para
ser concluído e custará aos cofres
públicos mais de R$ 2,5 milhões.
Enquanto durar a reforma, os
motoristas que trafegam pela via,
no sentido bairro-centro, terão
apenas uma das três faixas para
circular -exceto pela manhã,
quando haverá uma faixa reversível do outro lado da pista, ficando
duas faixas em cada sentido.
Segundo a CET (Companhia de
Engenharia de Tráfego), passam
nos dois sentidos da ponte, nos
períodos de pico, em torno de
7.000 veículos por hora.
Na tarde de anteontem, uma
carreta de cerca de 4,7 m de altura,
que transportava uma retroescavadeira da empresa Talude Comercial e Construtora, no sentido
Interlagos-Castelo Branco, bateu
na ponte, arrastando cinco das 17
vigas que sustentam o seu piso.
Segundo Roberto Tatsuo Kyono, responsável pela Gerência de
Engenharia de Tráfego da CET
que atende as marginais, um detector de altura localizado um
quilômetro antes da ponte foi
acionado, ligando as luzes amarelas de emergência, que foram desrespeitadas pelo motorista.
A lei prevê um limite de altura
de 4,4 m para a circulação nas vias
urbanas. Os veículos mais altos
precisam de uma autorização especial do órgão de trânsito para
circular. A ponte comportava um
caminhão de até 4,5 m.
A partir das 17h de hoje as vigas
danificadas serão implodidas, para serem posteriormente substituídas. Os custos da operação deverão ser cobrados judicialmente
da Talude, que não atendeu a Folha ontem. O único punido até
agora foi o motorista da carreta,
que recebeu cinco pontos na carteira e uma multa de R$ 127.
Durante a destruição das vigas,
que deverá demorar por volta de
uma hora, o trânsito será totalmente interrompido na ponte Eusébio Matoso e no trecho da marginal Pinheiros próximo a ela, no
sentido Castelo Branco. Os trens
da CPTM (Companhia Paulista
de Trens Metropolitanos) também deixarão de circular.
A expectativa da Secretaria de
Infra-Estrutura Urbana é reabrir
a marginal até segunda de manhã
e manter interditado apenas o trecho afetado da ponte. O secretário
Roberto Luiz Bortolotto diz esperar que a obra seja feita o mais rapidamente possível por causa das
consequências para o trânsito.
Ontem o pico de lentidão foi de
131 km, às 19h30. O recorde deste
mês de férias foi de 143 km, dia 5.
O do ano é 192 km, no dia 10 de
maio, por blitze policiais.
Enquanto a ponte estiver em
obras, a CET indica caminhos alternativos e pede que sejam evitadas vias como a avenida Rebouças
(veja quadro na pág. 3).
A CET registra em média 50 casos por mês de caminhões que entalam nas marginais devido ao excesso de altura. Na maioria dos
casos, porém, os veículos não chegam a encostar nas pontes, e a
companhia é chamada para fazer
uma operação e retirá-los da via.
A capital paulista tem apenas
nove detectores de altura para veículos de carga, seis deles nas marginais. Desde maio, a ponte Atílio
Fontana também está em obras,
sofrendo interrupção, por ter sido
atingida por um caminhão.
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