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Pindamonhangaba cobra pelo uso de vias urbanas
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Para pôr fim aos prejuízos causados pelos veículos que utilizavam ruas e avenidas da cidade para fugir do pedágio na via Dutra, a
Câmara Municipal de Pindamonhangaba (145 km a noroeste de
São Paulo), no Vale do Paraíba,
aprovou, em 1997, lei que autoriza
a prefeitura a construir praças de
pedágio no perímetro urbano.
O projeto prevê a construção de
seis praças de cobrança, e duas já
estão operando. Todas ficarão em
avenidas e estradas de acesso à cidade a partir da Dutra.
O objetivo é cercar todos os
pontos utilizados por motoristas
para escapar do pagamento da taxa na rodovia.
"O asfalto nos trechos usados,
principalmente por caminhões,
estava sendo deteriorado. Além
disso, como menos veículos pagavam pedágio na Dutra, houve
uma queda no repasse de ISS (Imposto Sobre Serviço) feito pela
NovaDutra [concessionária que
administra a via Dutra] à prefeitura", disse Ivo Gomes de Oliveira,
60, responsável pelos pedágios de
Pindamonhangaba.
Desde 1998
A primeira praça de pedágio começou a funcionar em 1998 na
SP-62 (antiga estrada Rio-São
Paulo), no bairro do Morumbi.
Em março deste ano passou a
operar a segunda, na estrada do
Atanázio, bairro Jardim Regina.
O valor da taxa por eixo é de R$
6 -R$ 0,20 a mais do que o cobrado na Dutra (R$ 5,80).
"Cobramos mais caro para desestimular os motoristas a utilizarem as ruas da cidade", afirmou
Oliveira.
Segundo ele, a medida surtiu
efeito. "No início da cobrança,
chegamos a recolher pedágio de
800 veículos por dia. Hoje, em cada uma das praças, entre 40 a 80
motoristas pagam a taxa."
A NovaDutra repassa cerca de
R$ 90 mil/mês de ISS ao município. A prefeitura arrecada com
seu próprio pedágio cerca de R$
450 por dia. Mas carros com placas de Pindamonhangaba e motoristas que trabalham na cidade,
por exemplo, têm passagem livre.
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