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Vazamento de carga tóxica atinge rio em SP
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPINAS
Um acidente com um caminhão-tanque carregado de produto tóxico e inflamável próximo
ao pólo industrial de Paulínia, às
23h10 de anteontem, interrompeu o abastecimento de água de
pelo menos 130 mil habitantes de
Sumaré (120 km de São Paulo).
Cerca de 27 mil litros do produto olona -uma mistura de álcool
e acetona- vazaram do caminhão-tanque para o ribeirão
Anhumas e depois para o rio Atibaia, que abastece Sumaré. No
acidente, o motorista do caminhão ficou levemente ferido.
O produto pertencia à Rhodia e
vinha do porto de Santos. O olona
é matéria-prima na fabricação do
nylon, segundo a assessoria da
empresa. A Rhodia informou que
o produto é biodegradável e possui baixa toxidade.
A gerência da Cetesb (agência
ambiental paulista) em Paulínia
vai apurar as causas do acidente
com o caminhão. A Rhodia e a
empresa que transportava o produto, a Transportadora Cavalinho, podem ser responsabilizadas
por advertência ou multas.
"Tivemos de recorrer à água mineral", disse a dona-de-casa Laura Matos, moradora do bairro
Matão, um dos três atingidos pelo
corte -os outros são Nova Veneza e Área Cura. Sumaré tem cerca
de 200 mil habitantes.
A Rhodia informou que a empresa aguardará o posicionamento das autoridades ambientais antes de se manifestar sobre o caso.
"A Cetesb está monitorando a
área e determinou que a captação
fosse suspensa no início da madrugada", disse o gerente da
Agência Ambiental da Cetesb de
Paulínia, Mário Eduardo da Fonseca Pereira. Os prontos-socorros
da cidade foram abastecidos por
dois caminhões-pipa.
Segundo o chefe responsável
pela ETA (Estação de Tratamento
de Água), Humberto Crivelaro,
por conta da contaminação no rio
Atibaia, a captação da ETA foi interrompida na madrugada e retomada por volta das 16h. O abastecimento só deve ser normalizado hoje à tarde.
(MAURÍCIO SIMIONATO)
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