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Construção de novo aeroporto é criticada em debate na Folha
DA REPORTAGEM LOCAL
A prioridade na construção
de um terceiro aeroporto de
grande porte em São Paulo, como forma de descongestionar
Congonhas, foi duramente
questionada por participantes
do debate promovido pela Folha, ontem à noite, a respeito
da situação aeroportuária.
Segundo Anderson Ribeiro
Correia, professor do ITA e
presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Transporte Aéreo, há anos várias empresas vêm procurando terreno
para construir um novo grande
aeroporto. Sem sucesso. "Para
mim, a prioridade é ampliar
Guarulhos, que pode vir a comportar 30 milhões de passageiros por ano [em 2006 foram 16
milhões por ano]."
Para Adyr da Silva, da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial e ex-presidente da Infraero entre 1995 e
1998, "o terreno teria de ter de
cinco a seis km de comprimento por algo entre dois e três km
de largura". "Custaria bilhões
de reais. Fração disso seria gasta para ampliar Cumbica."
"E precisa começar já a partir de amanhã, antes que seja
totalmente cercado pela cidade
de Guarulhos", cobrou Adalberto Febeliano Costa, engenheiro aeronáutico e vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral,
que também participou do debate, mediado pelo colunista
da Folha Gilberto Dimenstein.
O vice-governador e secretário de Desenvolvimento de São
Paulo, Alberto Goldman, lembrou que "um novo aeroporto
pode demorar até dez anos para ser construído, entre a fase
inicial de estudos e o pouso da
primeira aeronave".
"O que não se pode é tentar
resolver o problema pelo retorno à elitização da aviação civil.
Temos de defender a grande
conquista que é ter o transporte aéreo mais acessível à população", disse Adyr da Silva.
A Infraero havia confirmado
a participação no debate de um
representante seu. Depois, informou ao jornal que ele não
poderia mais comparecer ao
evento devido a reuniões marcadas de última hora.
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