São Paulo, sexta-feira, 27 de julho de 2007

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Construção de novo aeroporto é criticada em debate na Folha

DA REPORTAGEM LOCAL

A prioridade na construção de um terceiro aeroporto de grande porte em São Paulo, como forma de descongestionar Congonhas, foi duramente questionada por participantes do debate promovido pela Folha, ontem à noite, a respeito da situação aeroportuária.
Segundo Anderson Ribeiro Correia, professor do ITA e presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Transporte Aéreo, há anos várias empresas vêm procurando terreno para construir um novo grande aeroporto. Sem sucesso. "Para mim, a prioridade é ampliar Guarulhos, que pode vir a comportar 30 milhões de passageiros por ano [em 2006 foram 16 milhões por ano]."
Para Adyr da Silva, da Associação Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial e ex-presidente da Infraero entre 1995 e 1998, "o terreno teria de ter de cinco a seis km de comprimento por algo entre dois e três km de largura". "Custaria bilhões de reais. Fração disso seria gasta para ampliar Cumbica."
"E precisa começar já a partir de amanhã, antes que seja totalmente cercado pela cidade de Guarulhos", cobrou Adalberto Febeliano Costa, engenheiro aeronáutico e vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral, que também participou do debate, mediado pelo colunista da Folha Gilberto Dimenstein.
O vice-governador e secretário de Desenvolvimento de São Paulo, Alberto Goldman, lembrou que "um novo aeroporto pode demorar até dez anos para ser construído, entre a fase inicial de estudos e o pouso da primeira aeronave".
"O que não se pode é tentar resolver o problema pelo retorno à elitização da aviação civil. Temos de defender a grande conquista que é ter o transporte aéreo mais acessível à população", disse Adyr da Silva.
A Infraero havia confirmado a participação no debate de um representante seu. Depois, informou ao jornal que ele não poderia mais comparecer ao evento devido a reuniões marcadas de última hora.


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