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Extração de dados de caixas-pretas vai demorar mais do que previsto
DENYSE GODOY
ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON
A extração das informações
das caixas-pretas do Airbus-A320 da TAM, que começou na
sexta-feira passada e estava
prevista para terminar até hoje,
pode demorar um pouco mais
do que o esperado.
"Ainda há alguns parâmetros
que precisam ser apurados e
correções a fazer", explicou o
coronel Fernando Camargo,
oficial do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) que está
trabalhando junto com os técnicos da NTSB (National
Transportation Safety Board,
agência que investiga acidentes
da aviação civil nos EUA), em
Washington.
A princípio, dos 580 dados de
vôo contidos em uma das caixas-pretas -informações como
duração, velocidade e altitude,
chamadas tecnicamente de
parâmetros-, foram selecionados cerca de 50 para serem
examinados.
Mas estes não serão suficientes para ajudar a determinar as
causas do acidente com a aeronave. Por isso, os peritos vão
coletar outros, em quantidade
não divulgada. Leva aproximadamente quatro horas para separar um desses dados.
Sincronização
Os especialistas americanos
e brasileiros também estão fazendo a transcrição das conversas que aconteceram na cabine,
registradas pela caixa-preta de
voz, e a sincronização entre esses diálogos e os parâmetros,
para entender qual atitude correspondeu a cada mudança nas
condições de vôo.
"Demos continuação a tal
trabalho ao longo do dia de
ontem [quarta-feira]", comentou Camargo, sem fornecer detalhes sobre o que ouviu das
gravações.
O oficial disse não saber estimar quanto tempo mais será
necessário para encerrar essa
fase da investigação, da qual
participam ainda um piloto e
um engenheiro da TAM e representantes da Airbus.
Camargo já tem uma reunião
marcada para a próxima terça-feira, em São Paulo, para apresentar à equipe o material que
foi obtido e dar início à análise
das evidências.
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