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Cresce roubo a equipamento de construção
Assaltantes no interior paulista levaram 15 máquinas de até R$ 400 mil neste ano; em 2008 houve 3 ocorrências
JOANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Um tipo incomum de roubo
cresceu no Estado de São Paulo
no primeiro semestre deste
ano. Disparou o número de
ocorrências de assaltos a mão
armada em canteiros de obras
para construções de estradas. O
foco dos assaltantes são os
equipamentos pesados, máquinas de até quatro toneladas.
Neste ano, já foram roubados
15 equipamentos no interior do
Estado, oito deles avaliados entre R$ 200 mil e R$ 400 mil, segundo o Sinicesp (Sindicato da
Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo).
Durante todo o ano passado,
foram roubadas apenas três
máquinas deste valor. Em 2007
não houve casos registrados,
além de pequenos roubos de
máquinas inferiores a R$ 10
mil, como britadeiras e brocas.
Os assaltos ocorreram em
obras de estradas em Carapicuiba, próximo a Campinas (na
rodovia Dom Pedro), em Ribeirão Pires, em São Bernardo dos
Campos e na região de Santa
Cruz das Palmeiras, na via
Anhanguera. Entre as "máquinas preferidas dos ladrões", segundo Helcio Farias, assessor
do Sinicesp, estão pás carregadeiras -espécie de trator com
caçamba na frente-, tratores
com esteiras e motoniveladoras, que aplainam terrenos.
O que chama a atenção é o
peso dos equipamentos e a dificuldade que os assaltantes podem ter em carregá-los, segundo Farias. "Para levar embora
uma máquina dessas, é preciso
saber operá-la e ter, para carregá-la, no mínimo, um caminhão de 15 metros, com dois eixos e prancha, que não alcança
altas velocidades para fugir."
O delegado do Deic Itagiba
Franco, que acompanha o caso,
suspeita que se trate de uma
quadrilha, mas ainda não há
provas de que os crimes tenham sido cometidos pelo
mesmo grupo, embora o procedimento seja semelhante.
Os assaltantes, armados e em
grupos de até dez pessoas,
amarram vigias, operários e engenheiros. As vítimas são rendidas por horas e os equipamentos, postos no caminhão e
levados embora. A Polícia Militar Rodoviária informa que
passou a fazer acompanhamento nos canteiros após ter
sido acionada pelas vítimas.
João Leopoldino Neto, superintendente da Engenharia
Bandeirantes, diz que a empresa teve quatro máquinas roubadas. Ele não acredita que o destino dos equipamentos seja o
desmanche. "São máquinas
muito novas", diz.
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