São Paulo, terça-feira, 27 de julho de 2010

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OUTRO LADO

Minoria das vias tem defeito, diz Estado

Governo cita as 1.166 vicinais em obras para relativizar a auditoria do Tribunal de Contas, feita em 67 estradas

DE SÃO PAULO

O Estado admite deficiências após a reforma de algumas estradas vicinais, mas considera que eles não atingem a maioria das obras e afirma que, nos casos problemáticos, as prefeituras são as principais responsáveis.
O secretário dos Transportes, Mauro Arce, cita a quantidade de 1.166 estradas vicinais em obras para relativizar a auditoria do TCE -que visitou 67, das quais 70% apresentaram algum defeito.
"As reclamações que temos não são nessa proporção. Não é regra geral", diz. Ele afirma que as construtoras vão reparar os problemas.
Arce diz que "existe trabalho que foi malfeito", mas que, na maioria das vicinais deterioradas, a culpa é da falta de fiscalização das prefeituras, que não combatem a utilização indevida por caminhões com carga excessiva.
O secretário cita ainda que algumas estradas, ao serem reformadas, viram rota de fuga de pedágio, excedendo demais a sua capacidade.
O DER, em sua defesa ao TCE, diz que algumas vias não receberam investimento expressivo nos últimos 30 anos e que, por isso, têm graves problemas estruturais.
O departamento estadual afirma que houve um intervalo de um ano e meio entre os projetos e as obras -período em que as chuvas podem ter agravado as condições.
A defesa do DER diz também que tenta evitar "custos exagerados e desnecessários" e que, se fizesse os projetos dessas estradas para deixá-las aptas a "cargas excepcionais", os gastos aumentariam até quatro vezes.
O órgão conclui que a metodologia para elaborar os projetos básicos das reformas poderá melhorar, mas classifica como "de difícil solução" os problemas das cargas muito pesadas diante da capacidade dos pavimentos.
O TCE diz que a seleção das estradas auditadas partiu da identificação das obras concluídas há mais tempo -para evitar a vistoria nas que ainda estavam em curso.
Depois, houve a distribuição "ao longo de todas as regiões do Estado, de modo a oferecer um panorama mais aproximado das realidades".
O TCE não se baseou em denúncias prévias. Ele afirma que, com base nos critérios estabelecidos, houve depois uma escolha aleatória.


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