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OUTRO LADO
Minoria das vias tem defeito, diz Estado
Governo cita as 1.166 vicinais em obras para relativizar a auditoria do Tribunal de Contas, feita em 67 estradas
DE SÃO PAULO
O Estado admite deficiências após a reforma de algumas estradas vicinais, mas
considera que eles não atingem a maioria das obras e
afirma que, nos casos problemáticos, as prefeituras são as
principais responsáveis.
O secretário dos Transportes, Mauro Arce, cita a quantidade de 1.166 estradas vicinais em obras para relativizar
a auditoria do TCE -que visitou 67, das quais 70% apresentaram algum defeito.
"As reclamações que temos não são nessa proporção. Não é regra geral", diz.
Ele afirma que as construtoras vão reparar os problemas.
Arce diz que "existe trabalho que foi malfeito", mas
que, na maioria das vicinais
deterioradas, a culpa é da falta de fiscalização das prefeituras, que não combatem a
utilização indevida por caminhões com carga excessiva.
O secretário cita ainda que
algumas estradas, ao serem
reformadas, viram rota de fuga de pedágio, excedendo
demais a sua capacidade.
O DER, em sua defesa ao
TCE, diz que algumas vias
não receberam investimento
expressivo nos últimos 30
anos e que, por isso, têm graves problemas estruturais.
O departamento estadual
afirma que houve um intervalo de um ano e meio entre
os projetos e as obras -período em que as chuvas podem
ter agravado as condições.
A defesa do DER diz também que tenta evitar "custos
exagerados e desnecessários" e que, se fizesse os projetos dessas estradas para
deixá-las aptas a "cargas excepcionais", os gastos aumentariam até quatro vezes.
O órgão conclui que a metodologia para elaborar os
projetos básicos das reformas poderá melhorar, mas
classifica como "de difícil solução" os problemas das cargas muito pesadas diante da
capacidade dos pavimentos.
O TCE diz que a seleção
das estradas auditadas partiu da identificação das obras
concluídas há mais tempo
-para evitar a vistoria nas
que ainda estavam em curso.
Depois, houve a distribuição "ao longo de todas as regiões do Estado, de modo a
oferecer um panorama mais
aproximado das realidades".
O TCE não se baseou em
denúncias prévias. Ele afirma que, com base nos critérios estabelecidos, houve depois uma escolha aleatória.
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