São Paulo, terça-feira, 27 de julho de 2010

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FOCO

Avenida Paulista vira "galeria" para instalações eletrônicas interativas

LETICIA DE CASTRO
DE SÃO PAULO

Conforme viu seu público crescer, de iniciados no mundo das artes a famílias em busca de diversão, o File (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica), principal evento de arte e tecnologia do país, precisou também ampliar seus domínios.
Da galeria do Sesi saltou para a av. Paulista, onde 11 instalações ficam expostas a partir de hoje, para a população ver, sentir e brincar.
Inspirado na história da Paulista, de suas construções e seus habitantes, o músico Vanderlei Lucentini compôs uma "paisagem sonora", uma canção elaborada a partir da história da avenida. O trabalho "Omnibusonia Paulista" é veiculado dentro de um ônibus, durante um passeio pela via.
Assim, o público ouve o som enquanto observa a paisagem que o inspirou.
"A ideia é sensibilizar as pessoas para o espaço onde elas vivem cotidianamente. Não é apenas concreto e asfalto, tem uma história, personagens, que estão retratados nesse trabalho", afirma Lucentini.
No vão-livre do Masp, a instalação "Infinito ao Cubo", de Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, leva as pessoas para dentro de um cubo espelhado de 3 x 3 m, apoiado em molas. As bases se movimentam conforme elas se deslocam em seu interior.
Pelas frestas da estrutura, a paisagem se reflete nas paredes espelhadas, formando uma espécie de caleidoscópio. A obra já foi exibida na Holanda, no México e na Espanha, assim como na Pinacoteca e no Sesc Pinheiros.
Projeções de vídeos interativos, uma passarela de aço inox que produz ondas mecânicas e games eletrônicos nas estações de metrô são as outras atrações que a Paulista recebe a partir de hoje.
"A gente quis se infiltrar na cidade sem interferir na dinâmica", diz a curadora Paula Perissinotto.
Realizado há 11 anos, o File já flertava com os espaços públicos havia cinco anos, quando começaram as projeções de vídeo nos prédios da Paulista e no metrô, um "aquecimento" para a ambiciosa edição atual, cujo braço urbano foi batizado de PAI (Paulista Avenida Interativa).


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