|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MEDICINA
Paciente desenvolveu úlcera
ESPECIAL PARA A FOLHA
O médico residente em dermatologia Davi Lacerda, 28, viveu
uma das experiências mais desagradáveis de sua vida por causa
do uso de antiinflamatórios: uma
úlcera intestinal perfurada.
Aos 19 anos, ele tomou uma das
apresentações de diclofenaco
-um antiinflamatório não-hormonal- durante seis dias para
tratar uma dor nas costas.
No final desse período, Lacerda
teve dores no ouvido depois de
uma viagem de avião. Foi medicado por um otorrinolaringologista
com betametasona, um antiinflamatório hormonal, que também
diminui as proteções contra a acidez excessiva do estômago.
Dez dias depois, ele procurou
um pronto-socorro com fortes
dores abdominais e foi submetido
a uma cirurgia de emergência, na
qual foi encontrada uma úlcera
perfurada no duodeno (primeira
região do intestino).
"Fiquei internado dez dias, porque após a operação ainda tive
uma pneumonia. Saí do hospital
dez quilos mais magro. Hoje evito
ao máximo os antiinflamatórios."
Uma semana após sair do hospital, teve uma reação de rejeição
aos fios cirúrgicos, chamada de
granuloma, que precisou ser removido com nova cirurgia.
Dor de cabeça
A psicóloga Dafne Ortiz, 34, tem
tenossinovite no punho há dois
anos. Ela fez uso de vários antiinflamatórios não-hormonais. "No
terceiro comprimido, eu começava a sentir dores no estômago e
dores de cabeça", afirma.
Dafne conseguiu controlar suas
dores com uso esporádico de antiinflamatórios e aplicações de
acupuntura. "Procuro tratamentos que sejam os mais naturais
possíveis."
A psicóloga se diz mais cautelosa com medicamentos depois da
intolerância gástrica e da enxaqueca que desenvolveu. "Entendo
que os médicos precisam prescrever remédios, mas a prevenção é
melhor", afirma.
(ABJ)
Texto Anterior: Efeitos colaterais variam com dose Próximo Texto: Plantão - Julio Abramczyk Índice
|