São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2001

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Crime custaria ao menos R$ 8.010

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Os seguranças Leonardo Souza Santos e Jurandir Pereira Ferreira, que trabalhavam na boate de Luís Miguel Melitão Guerreiro, na praia do Futuro, afirmaram que ele prometeu pagar R$ 2.000 a cada um deles pelas mortes dos seis empresários portugueses.
Raimundo Martins, que também era segurança da boate Vela Latina, receberia mais, R$ 4.000, porque também ficou encarregado de sumir com as bagagens, documentos e celulares. Esses objetos, com porretes e outras armas, foram achados em outro buraco. Antônio Francisco da Costa, vizinho da barraca, disse ter recebido R$ 10 para cavar dois dias antes da chegada dos portugueses o buraco onde eles foram enterrados.
Os seguranças são amigos de Manoel Lourenço Cavalcante, o Cláudio, irmão de Maria Leandro Cavalcante, mulher de Guerreiro. Ele e o cunhado eram sócios na barraca, fechada há um mês.
Guerreiro havia terminado um casamento em Portugal quando veio para o Brasil. A capital cearense foi escolhida por acaso. "Quando cheguei a São Paulo, me disseram que Fortaleza era bonita, então decidi morar lá." Antes de sair de Portugal, ele chegou a viver na casa de uma irmã de Antônio Correia Rodrigues, um dos empresários mortos.
A polícia ainda não sabe se a mulher de Guerreiro participou do crime. Maria, grávida de três meses, e Guerreiro negam que ela soubesse de alguma coisa. Mas Cláudio afirmou que Maria esteve na barraca na noite do crime. Ela foi libertada por falta de provas.



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