São Paulo, terça-feira, 27 de agosto de 2002

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Ladrões de fio deixam uma das principais avenidas de SP sem luz

DO "AGORA"

As gangues que furtam os fios da rede de iluminação pública de São Paulo decidiram deixar às escuras um trecho da avenida 23 de Maio, uma das principais vias de ligação entre a zona sul e a região central da cidade.
A 23, como a chamam os paulistanos, ficou com suas luzes apagadas do túnel do Anhangabaú até a sede do Detran, no parque Ibirapuera. Segundo a prefeitura, os fios são reinstalados e, dois ou três dias depois, são furtados de novo.
O problema, de acordo com o Ilume (Departamento de Iluminação Pública de São Paulo), atinge também a avenida Jacu Pêssego (zona sul) e o viaduto Aricanduva (zona leste).
O que atrai os criminosos é o cobre usado nos cabos. Segundo a empresa Andra, que comercializa material elétrico, cada metro desse tipo de fio custa R$ 14,80.
A prefeitura informou que, de janeiro a abril deste ano, foram furtados 41 mil metros de fios na capital. O Ilume não calculou o prejuízo causado pelos crimes e ainda está identificando os locais onde os furtos são mais frequentes. A lista será entregue à polícia.
Nas proximidades da capital paulista, as gangues dos fios também têm agido nas estradas. Cerca de 20 km da rodovia Castello Branco estão sem iluminação por conta dos furtos. Segundo Odair Tafarello, gerente operacional da Via Oeste, concessionária que administra a Castello, o problema começou após a crise de energia.
Na época, a concessionária teve de apagar 50% dos postes da rodovia. Só neste ano, ao menos dez ladrões de fios já foram presos pela Polícia Rodoviária.
A reposição dos cabos furtados já custou R$ 1,3 milhão à Via Oeste. "Agora, ao repô-los, aplicamos concreto [o cabeamento da Castelo é subterrâneo" em torno deles. Se o ladrão quiser roubar o fio, terá muito trabalho", avisa.


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