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CRIME
Cinco corpos foram achados dentro de Kombi; governador diz não ter como impedir disputa entre traficantes
Rio registra 3ª chacina em quatro dias
da Sucursal do Rio
Cinco pessoas foram mortas no
fim da noite de anteontem na Pavuna (zona norte do Rio) na terceira chacina ocorrida em quatro
dias na região metropolitana do
Rio. Nas três chacinas, 18 pessoas
foram mortas.
De acordo com o delegado José
Alberto Laje, da 39ª Delegacia de
Polícia, os cinco corpos encontrados anteontem, por volta das 22h,
estavam dentro de uma Kombi
branca, que havia sido roubada.
O veículo é de Wladimir Lemos,
31, que contou à polícia ter sido
abordado por dois homens encapuzados quando passava por um
cruzamento. Ele mesmo teria encontrado, segundo a polícia, a
Kombi abandonada.
Até o fim da tarde de ontem dois
mortos haviam sido identificados: Hebert Monteiro de Miranda,19, e Sidnei Rodrigues Barbosa, 26. Segundo a polícia, os outros três tinham entre 18 e 20 anos.
De acordo com o delegado, os
assassinatos teriam sido cometidos por vingança. Laje disse que
as mortes estariam relacionadas a
outro crime, não especificado,
ocorrido na semana passada.
A polícia desconfia que o dono
da Kombi pode estar envolvido
na morte das cinco pessoas.
O governador do Rio, Anthony
Garotinho, disse ontem que recebeu relatórios da Secretaria de Segurança Pública, informando que
"em todos os casos, as vítimas
eram pessoas ligadas ao tráfico".
Segundo Garotinho, que participou ontem da solenidade de
apresentação de uma nova tropa
da PM destinada ao policiamento
das ruas, o governo não pode
"impedir que pessoas ligadas a
atividades ilícitas sejam mortas".
Mulher grávida
Na madrugada de segunda-feira, seis pessoas morreram durante tiroteio entre supostos traficantes na favela do Quitungo, em
Brás de Pina (zona norte).
A polícia disse que o motivo do
confronto foi uma disputa pela liderança do tráfico na favela.
No dia seguinte, sete pessoas foram encontradas mortas a tiros,
entre elas uma mulher grávida de
seis meses, no morro da Boa Esperança, em Itaipu, Niterói.
Segundo a polícia, uma das hipóteses é a de que um grupo de
extermínio, formado por policiais, teria comandado a ação. A
outra possibilidade seria um acerto de contas entre traficantes.
O governador disse que foi dada
prioridade para diminuição da
quantidade de roubos de automóveis na cidade.
Segundo Garotinho, a taxa de
homicídios do Rio é inferior a de
outros Estados.
Para o governador, a polícia do
Rio está sendo reorganizada.
"Não é fácil pegar um setor que
estava tão desorganizado como
esse e resolver a situação de uma
hora para a outra."
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