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DOIS MUNDO
Apoio familiar ajuda advogada na faculdade
DA REPORTAGEM LOCAL
"Quando descobri que estava
grávida, tive receio de não conseguir terminar a faculdade. Foi
a primeira coisa em que eu pensei. Eu sempre quis fazer direito,
desde criança. Meu sonho era
estudar na USP", conta a advogada de Ribeirão Preto Érica Pires de Campos, 23.
Aos 18 anos, ela descobriu que
estava esperando um bebê. Era o
seu primeiro ano na Faculdade
de Direito da USP, final de 1998.
Contando com o apoio dos
pais e do namorado, hoje marido, Érica conseguiu terminar a
faculdade. A mãe, professora de
ciências, parou, inclusive, de trabalhar para ajudar a filha a criar
a neta Beatriz, 5.
"Se não tivesse sido minha
mãe, eu não teria voltado (para
São Paulo). Eu não deixaria a
Beatriz com mais ninguém."
Durante a semana, a avó e o
pai cuidavam do bebê. Todas as
sextas, Érica ia para Ribeirão
passar o final de semana.
Segundo ela, a única coisa que
atrapalhou foi a falta de tempo.
Fora isso, até nas mudanças em
sua carreira, a gravidez ajudou.
Ela pensava em advogar. Hoje,
quer ser procuradora.
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