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AMBIENTE
Em Xapuri não chovia forte havia quatro meses
Chuva diminui número de focos de incêndio em florestas do Acre
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM XAPURI
A chuva que atingiu a região de
Xapuri (180 km de Rio Branco)
ontem apagou a maioria dos focos de incêndio na Reserva Extrativista Chico Mendes e na floresta
em seu entorno.
É a primeira chuva forte que
ocorre em aproximadamente
quatro meses no município.
Segundo o Imac (Instituto de
Meio Ambiente do Acre), a chuva
não atingiu os municípios de
Acrelândia e Assis Brasil, onde
também há focos de incêndio.
Ontem à tarde, ainda havia 22
focos de calor no Acre. Na semana
passada, houve mais de 600 focos.
A chuva de ontem foi recebida
em Xapuri com palmas e gritos
pelos bombeiros e soldados do
Exército e da Polícia Militar que se
preparavam para sair à floresta
para combater incêndios.
"Praticamente todos os focos de
incêndio foram apagados. O que
está queimando ainda são algumas árvores que caíram e que têm
a combustão mais lenta", disse o
major James Gomes, que coordena a operação de combate ao fogo
na região. O risco agora é que essas árvores lancem faíscas que
possam reavivar o fogo.
"Não havia previsão de chuvas
hoje. Foi uma surpresa", disse o
coronel Ivo da Silva, comandante
da área operacional do Corpo de
Bombeiro do Acre.
A chuva veio acompanhada de
uma frente fria que baixou a temperatura no Estado. Em Rio Branco, a temperatura, ontem à tarde,
estava em torno dos 16C.
Nos dias anteriores, chegou a ficar acima de 35C.
Floresta
Um morador do assentamento
Tupã, a 40 km de Xapuri, informou ao posto de comando que lá
não havia chovido e que o fogo na
floresta continuava.
Segundo o secretário do Meio
Ambiente em exercício, Fernando Ferreira Lima, a vinda de 150
bombeiros de Brasília para ajudar
no combate aos incêndios foi suspensa temporariamente.
"A situação ainda é de seca e só
há previsão de mais chuva para
daqui a cinco ou seis dias", disse.
Com base em relatos de moradores da reserva e de assentamentos agrícolas de seu entorno, o
Corpo de Bombeiros estimou que
cerca de 30 mil hectares de floresta e pasto foram destruídos pelo
fogo. O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o
Imac ainda não fizeram uma avaliação dos danos ambientais.
"O momento é de ajudar no
combate ao fogo", disse Anselmo
Forneck, gerente do Ibama no
Acre. Desde sábado, o Pelotão
Florestal da Polícia Militar do
Acre está com três equipes em
campo para identificar locais desmatados e notificar os agricultores da proibição de queimadas.
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