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EDUCAÇÃO
Paralisação pode prejudicar calendário letivo; salário-base de professor titular com doutorado e dedicação exclusiva é de R$ 1.308
Greve nas federais atinge 22 universidades
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao menos 22 universidades federais enfrentam paralisação de
professores. A greve, que completará um mês na próxima sexta-feira, já prejudica o calendário letivo de algumas instituições.
Para o Ministério da Educação
(MEC), a greve atinge 22 das 55
universidades. Já pelo levantamento do Andes (sindicato da categoria), são 24.
Em São Paulo, docentes e funcionários do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica) estão parados desde o último dia 1º.
A instituição oferece ensino superior, médio e técnico. O calendário escolar foi suspenso no dia 12
deste mês devido à greve.
Já os professores da Unifesp
(Universidade Federal de São
Paulo) decidem na próxima semana se aderem ao movimento.
Os grevistas pedem reajuste salarial de 18%, incorporação das
gratificações e reestruturação da
carreira, entre outros pontos.
Hoje, o salário-base do professor-adjunto, com dedicação exclusiva (faixa que possui o maior
número de docentes), é de R$ 701
nas universidades federais. O
maior salário da rede é de R$ 1.308
(professor titular, com doutorado
e dedicação exclusiva).
O Andes afirma que negocia há
dois anos com o governo federal e
ainda não conseguiu um acordo.
Algumas das universidades que
estão com atividades prejudicadas são a UnB (de Brasília), a UFF
(do Rio) e a UFC (do Ceará).
Na UFPA (Universidade Federal do Pará), os professores querem suspender o próximo processo seletivo.
Parte dos funcionários das universidades também está em greve
desde o dia 17 do mês passado.
Outro lado
O Ministério da Educação afirmou que ainda negocia com o Ministério do Planejamento e com a
Casa Civil uma proposta para
apresentar aos grevistas. O texto
final deve ser fechado até a próxima sexta-feira.
"Consideramos legítimo o movimento, porque eles não tiveram
aumento no ano anterior", afirmou o secretário-executivo-adjunto do MEC, Ronaldo Teixeira.
A proposta que está sendo debatida entre os ministérios prevê
um aumento de 50% no valor dado à titulação do professor (mestrado ou doutorado). Teixeira
disse também que o governo pretende negociar tanto a incorporação das gratificações quanto as
mudanças nas carreiras.
USP de Ribeirão
A USP (Universidade de São
Paulo) de Ribeirão Preto retomou
as atividades ontem, com o retorno dos estudantes às aulas e dos
servidores ao trabalho.
No entanto, eles ainda pleiteiam
o aumento de verbas para a educação, previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias 2006.
O aumento foi vetado pelo governador Geraldo Alckmin
(PSDB).
Colaborou a Folha Ribeirão
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