São Paulo, quarta-feira, 27 de setembro de 2006

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Unifesp cria 1º centro de visão para idosos do país voltado à rede pública

Bruno Miranda/Folha Imagem
Zenaide Vicenzi, 102, que não gosta de usar óculos para ler


CLÁUDIA COLLUCCI
DA REPORTAGEM LOCAL

O Instituto da Visão da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) desenvolve o primeiro centro de oftalmologia geriátrica do país voltado a pacientes da rede pública de saúde. O anúncio da obra, que fica pronta em janeiro, acontece hoje, Dia Nacional do Idoso.
O centro conta com um investimento de R$ 2 milhões do Ministério da Saúde e terá capacidade para atender 20 idosos por dia. Oferecerá tratamentos clínicos e cirúrgicos a três faixas etárias -entre 60 e 80 anos, entre 80 e 90 anos e a partir de 90 anos.
Segundo dados do instituto, em razão de problemas de acuidade visual, mais de 80% das pessoas acima de 65 anos não conseguem ler jornal ou reconhecer a face das pessoas. Os problemas mais freqüentes são a catarata, o glaucoma, a degeneração macular relacionada à idade e a retinopatia diabética.
"Além de limitado, o idoso com dificuldade de visão fica vulnerável a acidentes", diz o professor de oftalmologia e presidente do Instituto da Visão da Unifesp, Rubens Belfort Júnior. Ele conta que, além da tecnologia avançada, a novidade do centro será o atendimento diferenciado.
Aos 102 anos, Zenaide Vicenzi usa óculos para ler revistas, livros e fazer crochê, mas, vaidosa, afirma não gostar. "Só coloco quando preciso." Viúva há 40 anos e mãe de quatro filhos -o caçula com 68 e o mais velho com 80- ela se alimenta, caminha e toma banho sozinha.


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