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SAÚDE
Nº de doadores de órgãos cai pelo 2º ano seguido no país
CONSTANÇA TATSCH
DA REPORTAGEM LOCAL
O número de doadores de
órgãos caiu no primeiro semestre de 2006, reforçando
uma tendência de queda no
Brasil. Dados da Associação
Brasileira de Transplantes
de Órgãos mostram que 532
pessoas foram doadoras efetivas no país até junho -doador efetivo é quem doa pelo
menos os rins após ter morte
encefálica.
Esse número corresponde
a uma estimativa de 5,8 doadores a cada milhão de pessoas por ano. A taxa foi de 6,3
em 2005 e de 7,4 em 2004.
"Essa diminuição é preocupante. Precisamos melhorar o processo, atendemos a
apenas 20% da fila. Isso
ocorre porque o sistema está
no limite, precisa de investimento financeiro e humano
nos hospitais", afirma a presidente da associação, Maria
Cristina Ribeiro de Castro.
A ABTO espera que as comissões intra-hospitalares,
equipes fixas em grandes
hospitais com o objetivo de
viabilizar transplantes, ajude
a elevar o número de doações. A 8º campanha de doação com o slogan "Vida é para
doar e para receber -informe sua família", também
quer mobilizar a sociedade.
A negativa familiar para doação permanece estável, em
torno de 36% dos casos.
Os transplantes de rim e fígado não tiveram queda em
razão de um aumento de
doadores vivos.
O transplante de córneas,
por sua vez, foi o único a ter
aumento expressivo, passando de 4.350 em 2005, para
4.825 em 2006. Neste ano, já
houve 8.563 transplantes.
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