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Formas de contágio assustam pesquisadores
do enviado especial
O que mais preocupa os especialistas são as formas de transmissão ainda desconhecidas do
vírus da hepatite C. Já se sabe
que o sangue é a principal forma
de contágio e que o vírus passa
de uma pessoa para outra com
grande facilidade. Sabe-se também que a transmissão por via
sexual é menos frequente.
Assim, as pessoas que receberam transfusão de sangue, os hemofílicos e os usuários de drogas
injetáveis estão no grupo de risco. "O problema é que muitos
dos infectados não pertencem a
esse grupo nem fizeram sexo
desprotegido nem tiveram nenhuma conduta que poderia levar a uma suspeita", diz Roberto
Focaccia. Nos EUA e na Europa,
onde o controle do sangue é
quase absoluto, a prevalência
não vem caindo. Significa que as
pessoas estariam sendo contaminadas por formas de transmissão ainda não conhecidas.
Segundo Focaccia, já foram levantadas hipóteses como contágio pela água ou pela comida e
até mesmo por algum tipo de
animal.
Cuidados
Edwal Campos Rodrigues, da
Universidade Federal de São
Paulo e especialista em infecção
hospitalar, diz que entre 8% e
10% dos casos de hepatite C são
indeterminados, ou seja, não se
conhece a forma de transmissão.
Entre os profissionais de saúde,
chega a ser três vezes maior. "Estão negligenciando uma infecção que daqui a cinco anos vai
ser a catástrofe da hora."
Nos EUA, as pessoas estão
sendo aconselhadas a levar para
o salão de barbeiro e de manicure seus próprios instrumentos,
como alicates e navalhas, ou a
exigir aparelhos descartáveis.
Ainda assim, o número de casos
não vem diminuindo.
(AB)
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