São Paulo, domingo, 27 de outubro de 2002

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PLANTÃO MÉDICO

Estudo revela nova fronteira na medicina para o século 21

JULIO ABRAMCZYK

A nova fronteira da medicina para o século 21 é a radiologia intervencionista, garante o médico norte-americano Michael Darcy, presidente da Sociedade de Radiologia Intervencionista. Para ele, doenças atualmente tratadas apenas pela cirurgia serão curadas pelo novo tratamento, que é menos invasivo que uma operação e que usa os raios-x para guiar um cateter especial através dos vasos sanguíneos. O tratamento pioneiro dessa área é a angioplastia da coronária para aplicação do "stent", uma pequena mola espiralada para dilatar a artéria que irriga o coração. Essa área não é nova, mas vinha crescendo lentamente. E alcançou seu lugar definitivo na área médica com a publicação, ontem, na revista médica The Lancet, do "Estudo Internacional sobre Aneurisma Subaracnóide" (ISAT -The International Subarachnoid Aneurism Trail). A subaracnóide é um espaço formado pela aracnóide, uma membrana fibrosa que recobre o sistema nervoso central, por onde circula o sangue que nutre o cérebro. A pesquisa foi realizada em 2.143 portadores de aneurisma cerebral roto com hemorragia subaracnóide aguda, sob a coordenação do presidente da Sociedade Britânica de Neurorradiologia, o médico Andrew J. Molyneaux. O estudo comparou a técnica da neurorradiologia intervencionista (embolização endovascular) com a cirurgia do cérebro que aplica um "clipping" cirúrgico, uma espécie de grampo para interromper a hemorragia no aneurisma cerebral. Na comparação, foi observado que o risco da embolização é reduzido em relação ao tratamento cirúrgico.

CABELOS RUIVOS

Genética ajuda anestesistas
Pela primeira vez uma marca genética visível a olho nu ajuda os médicos. No congresso da Sociedade Norte-Americana de Anestesiologia, um estudo apresentado pelo médico Daniel Sessler, da Universidade de Louisville, EUA, sugere que pessoas de cabelos ruivos (naturais) necessitam, em média, de 20% a mais na dose de drogas anestésicas do que as demais.

ÁLCOOL

Projeto quer prevenir uso abusivo
Projeto da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, patrocinado pela Organização Mundial da Saúde para a prevenção do uso abusivo do álcool, durará três anos, a partir de 2003.

julio@uol.com.br


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