São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para alunos, iniciativa não inibe prática

DA REPORTAGEM LOCAL

Estudantes da USP ouvidos pela Folha disseram apoiar a iniciativa da Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR) de dar desconto às bibliotecas para a compra de livros universitários, mas não acreditam que seja possível atender as necessidades dos alunos no curto prazo.
Pedro Henrique Yacubian, 22, estudante do 5º ano diurno da Faculdade de Direito, disse que tira xerox de livros porque, muitas vezes, precisa ""apenas de um capítulo". Outra razão para a prática, segundo o estudante, é o preço elevado de algumas obras.
Aluna do 3º ano noturno de direito da universidade, Lívia Marques Siqueira, 20, também utiliza xerox de obras. Ela disse, porém, que procura no acervo da faculdade os títulos indicados antes de recorrer às cópias.
"Tiro xerox porque ou o livro já está emprestado ou não existe na biblioteca", conta. Ela afirma não acreditar que a iniciativa dê certo porque o livro é "muito caro", o que levará muitos alunos a continuar com a prática.
Segundo Mara Luci Gardinali, 46, proprietária da copiadora da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, desde que começou o embate pela diminuição de cópias, em 2004, a perda de faturamento alcançou 70%.
"Na USP, existe a determinação de tirarmos o mínimo possível de xerox", disse. "Para conseguirmos sobreviver, o nosso trabalho acabou se diferenciando. Partimos para o setor de encadernação e de impressão de livros on-line, pois há menos cópias", declarou Gardinali.


Texto Anterior: Educação: Editoras dão descontos para coibir xerox
Próximo Texto: Ensino superior: Sem acordo, universidades federais mantêm greve
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.