|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para alunos, iniciativa não inibe prática
DA REPORTAGEM LOCAL
Estudantes da USP ouvidos pela Folha disseram apoiar a iniciativa da Associação Brasileira de
Direitos Reprográficos (ABDR)
de dar desconto às bibliotecas para a compra de livros universitários, mas não acreditam que seja
possível atender as necessidades
dos alunos no curto prazo.
Pedro Henrique Yacubian, 22,
estudante do 5º ano diurno da Faculdade de Direito, disse que tira
xerox de livros porque, muitas vezes, precisa ""apenas de um capítulo". Outra razão para a prática,
segundo o estudante, é o preço
elevado de algumas obras.
Aluna do 3º ano noturno de direito da universidade, Lívia Marques Siqueira, 20, também utiliza
xerox de obras. Ela disse, porém,
que procura no acervo da faculdade os títulos indicados antes de recorrer às cópias.
"Tiro xerox porque ou o livro já
está emprestado ou não existe na
biblioteca", conta. Ela afirma não
acreditar que a iniciativa dê certo
porque o livro é "muito caro", o
que levará muitos alunos a continuar com a prática.
Segundo Mara Luci Gardinali,
46, proprietária da copiadora da
Escola de Comunicações e Artes
(ECA) da USP, desde que começou o embate pela diminuição de
cópias, em 2004, a perda de faturamento alcançou 70%.
"Na USP, existe a determinação
de tirarmos o mínimo possível de
xerox", disse. "Para conseguirmos sobreviver, o nosso trabalho
acabou se diferenciando. Partimos para o setor de encadernação
e de impressão de livros on-line,
pois há menos cópias", declarou
Gardinali.
Texto Anterior: Educação: Editoras dão descontos para coibir xerox Próximo Texto: Ensino superior: Sem acordo, universidades federais mantêm greve Índice
|