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RAUL HENRIQUE CASTRO E SILVA DE VINCENZI (1918 - 2010)
Do basquete à vida diplomática
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
No primeiro ouro brasileiro em competições internacionais de basquete, Raul
Henrique Castro e Silva de
Vincenzi estava lá. Em 1939,
no Rio, ele foi campeão sul-americano com a seleção.
Carioca e atleta do Botafogo, o rapaz jogaria mais dois
Sul-Americanos: em 1940, no
Uruguai, e em 1942, no Chile.
Em ambos, ficou em terceiro.
Anos depois, Raul conheceria bem esses dois países.
Em 1945, já formado em direito, entrou para o Itamaraty
e largou de vez o esporte.
Na diplomacia, teve vasto
currículo. Foi secretário na
embaixada brasileira em
Washington, nos EUA, e depois em Taiwan, na China.
Em Londres, exerceu o
mesmo cargo, até retornar ao
Rio de Janeiro para ser chefe
de cerimonial do Itamaraty.
Depois, foi ministro-conselheiro encarregado de negócios em Paris e cônsul-geral na cidade norte-americana de San Francisco.
O primeiro posto como
embaixador foi no Senegal,
em 1967. Três anos depois,
voltou novamente ao Brasil,
para chefiar o departamento
de administração do Ministério das Relações Exteriores.
No período, conta o enteado Ronaldo, Raul criou, entre
outros benefícios, o seguro
saúde para os diplomatas.
Seria ainda embaixador na
Bélgica, Chile e Uruguai, onde fora jogar, e Áustria. Aposentou-se em 1987. Havia recebido a Grã-Cruz da Ordem
de Rio Branco, a mais alta
condecoração diplomática.
Ultimamente, sofria de Alzheimer. Morreu na sexta,
aos 92, de insuficiência respiratória. Deixa mulher, Sarita,
e os enteados Ronaldo e Paulo. A missa de sétimo dia será
na sexta, às 18h, na PUC-Rio.
coluna.obituario@uol.com.br
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