São Paulo, quarta-feira, 27 de outubro de 2010

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Situação melhora no ano que vem, afirma secretário

Diminuição na oferta de vagas para bebês será atenuada com construção de unidades e convênios, diz Schneider

Mudanças atendem à nova legislação federal para o ensino infantil; caberá às escolas a distribuição de vagas

DE SÃO PAULO

A diminuição na oferta de vagas para bebês nas creches municipais poderá ser atenuada já no ano que vem, com a construção de unidades e novos convênios, afirma o secretário da Educação, Alexandre Schneider. Segundo o dirigente, as mudanças foram feitas devido à nova legislação federal para o ensino infantil. Schneider afirmou também que caberá às escolas definirem como serão distribuídas suas vagas entre as etapas de ensino. (FT)

Folha - Por que a mudança?
Alexandre Schneider
- Precisamos nos adequar à lei. Até 2016, teremos de atender todas crianças de 4 e 5 anos. E o Conselho Nacional de Educação acabou de aprovar norma que prevê que a creche deve aceitar criança de até 3 anos e 11 meses.

Mas como as creches, que já possuem uma enorme fila, vão comportar crianças na faixa dos três anos?
Deverá haver menos atendimento de bebês. Esse problema a gente poderá atenuar durante o próximo ano, porque continuaremos aumentando os convênios [creches indiretas] e construiremos mais unidades.
A gente precisa resolver o problema da pré-escola. Eu poderia deixar estourar em 2016, mas preferi começar a acertar a demanda agora.

Mas a rede tirou as crianças de três anos das creches há apenas três anos, em 2007...
A questão estava em aberto. Apenas após o parecer do conselho, homologado pelo ministro [Fernando Haddad], e da nova lei é que a organização ficou mais clara.

A prefeitura conseguirá cumprir a promessa de zerar o deficit de vagas nas creches?
O que nos comprometemos na Agenda 2012 [metas que a gestão Kassab apresentou após vencer a eleição municipal] é criar 58 mil vagas nas creches [demanda registrada em 2008]. Com convênios e construções, deveremos atingir isso.

A promessa na campanha eleitoral era zerar o deficit. Hoje a fila está em 125 mil...
Zerar a fila é um objetivo a ser alcançado, mas será difícil. De qualquer forma, ampliamos bastante o atendimento. Inclusive, no último Censo Escolar, houve queda de matrículas nas creches privadas e aumento nas públicas. A população parece estar migrando para as nossas unidades, reconhecendo que o serviço é bom.


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