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Folha publica amanhã caderno
sobre a história de São Paulo
DA REDAÇÃO
A Folha publicará na edição de
amanhã o caderno especial "450
Anos de História", dentro da cobertura do aniversário de São
Paulo, no dia 25 de janeiro.
As reportagens e os artigos vão
tratar da evolução de uma cidade
que foi por três séculos vilarejo
modesto e isolado e que se tornou
uma metrópole com 10,5 milhões
de habitantes na passagem para o
século 21.
A São Paulo que se conhece hoje
viu sua população aumentar 43
vezes de 1900 a 2000 -resultado
do que pode ser chamado de "espetáculo do crescimento" impulsionado a partir das última décadas do século 19 pela agricultura
cafeeira e pela industrialização.
A atual metrópole cultural e
cosmopolita era bastante diferente em seu primeiros séculos. Lia-se quase nada em São Paulo.
A barreira linguística era tão
cruel que, certa vez, para conversar com o representante da coroa,
fazendeiros paulistanos, que falavam apenas o idioma dos índios,
precisaram de um intérprete.
Justiça elástica
Na cidade dos séculos 17 e 18, a
justiça era bastante elástica. O crime de homicídio, por exemplo, só
era punido quando o autor atingia a sétima ou a oitava vítima.
No século 16, era um lugar de escassez. Não havia como dar de comer ao ousado viajante que tivesse a coragem de galgar as escarpas
da serra pela difícil estrada indígena. Em 1599, a antiga Câmara Municipal fez convite para quem quisesse abrir casas de comestíveis.
Até o final do século 19, a comida trivial é ainda calcada na cozinha original da época dos bandeirantes: o arroz com feijão, a farinha e a carne de porco ou de boi e
algum raro legume.
Em 1872, a chegada da iluminação pública a gás serve de marco
zero da depois famosa noite paulistana. Até então, praticamente
não se saía sem sol -a não ser em
casos de lua cheia.
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