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Polêmica sobre procedimento se arrasta há pelo menos 2 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
A polêmica em torno da ortotanásia é grande e se arrasta há
pelo menos dois anos. Para o
advogado Erickson Gavazza
Marques, da comissão de bioética da OAB-SP, a resolução do
CFM, aprovada no ano passado, não tem amparo jurídico.
"Vai contra o Código Penal. O
CFM não tem o poder de legislar. Os médicos que seguem sua
orientação podem ser acusados
de omissão de socorro ou homicídio culposo."
Já o advogado Alberto Toron,
conselheiro federal da OAB e
professor de direito penal da
PUC-SP, defende o CFM. "Eu
aplaudi e continuo aplaudindo.
E penso que o conselho possa
sim disciplinar essa matéria."
A médica oncologista Dalva
Matsumoto, da Academia Nacional de Cuidados Paliativos,
concorda: "Ninguém quer ver
seu familiar sofrer, sentir dor".
A ortotanásia significa a retirada, sem sofrimento, de equipamentos ou medicamentos que
sirvam para prolongar a vida de
um doente.
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) é a favor da ortotanásia por considerá-la "a aceitação da condição
humana diante da morte".
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