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Câncer de pele responde por 25% de casos estimados
DA SUCURSAL DO RIO
O número de novos casos de
câncer no Brasil deve chegar a
467 mil no ano que vem, segundo estimativa divulgada ontem
pelo Inca (Instituto Nacional
de Câncer) no 2º Congresso Internacional de Controle de
Câncer, que acontece até amanhã no Rio de Janeiro.
Tanto para homens quanto
para mulheres, o tipo de câncer
com maior incidência é o de pele, que representa 25% do total
de casos estimados. No caso das
mulheres, o segundo tipo mais
comum é o de mama (21% do
total), enquanto entre homens
aparece o de próstata (também
com 21%).
Devido ao aperfeiçoamento
no método de calcular essas estimativas, o Inca não comparou
o número de casos previstos
para o ano que vem com os registrados ou estimados em
anos anteriores. Os dados de
mortalidade e de internações
pela doença registrados no Brasil permitem dizer, no entanto,
que a tendência é de aumento,
causado, em boa parte, pelo envelhecimento da população.
"Hoje, no Brasil e no mundo,
a tendência é o crescimento dos
casos de câncer, relacionado ao
envelhecimento da população e
à exposição prolongada a fatores de risco. Nos países desenvolvidos, o câncer já é a primeira causa de morte. No Brasil,
hoje, é a segunda, atrás apenas
das doenças cardiovasculares",
afirmou o diretor-geral do instituto, Luiz Antonio Santini.
Além de creditar o aumento
dos casos de câncer ao envelhecimento populacional, o Inca
destaca a necessidade de melhorar o diagnóstico precoce da
doença. Como exemplo, o instituto cita o caso da região Norte,
a única onde o câncer de colo
do útero apareceu, entre as mulheres, como o mais comum entre todos os tipos, com exceção
do de pele.
"O câncer de colo de útero é
plenamente evitável e curável,
mas geralmente as mulheres
chegam em estágio muito avançado ao sistema de saúde. A população precisa vencer o tabu
do medo e buscar os exames de
detecção precoce", disse o
coordenador de prevenção e vigilância, Cláudio Noronha. Outra área em que é necessário
melhorar a qualidade do diagnóstico é a de câncer de mama.
Pesquisa divulgada no ano
passado pelo Inca, feita entre as
pacientes do próprio instituto,
mostrou que, de 1999 a 2003,
em apenas 3% dos casos a
doença foi diagnosticada em
estágio inicial, quando a probabilidade de cura é muito maior.
Em 46% dos casos, o problema
só foi detectado quando estava
em estágio mais avançado.
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