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Ordem para ataques no Rio saiu de prisão federal, diz Justiça
Marcinho VP e Elias Maluco, presos em Catanduvas, teriam dado ordem a criminosos em liberdade
Juiz decretou a prisão de 3 advogados dos dois traficantes, que, segundo ele, passavam as ordens dos chefes
HUDSON CORRÊA
DO RIO
JOSÉ MASCHIO
DE LONDRINA
As ordens para ataques
criminosos partiram dos traficantes Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, e
Elias Pereira da Silva, o Elias
Maluco, de dentro do presídio federal de segurança máxima de Catanduvas (PR),
afirma a Justiça do Rio.
O juiz Alexandre Abrahão
Dias Teixeira decretou a prisão preventiva dos dois, que
já estão condenados por outros crimes, como homicídio.
Também mandou prender
três advogados dos traficantes: Luiz Fernando Costa,
Beatriz da Silva Costa de Souza e Flávia Pinheiro Fróes
-até o fechamento deste edição, eles não haviam sido detidos; foi presa a mulher de
Marcinho VP, Márcia Nepomuceno, pela acusação de lavagem de dinheiro.
Segundo o juiz, os três levavam as ordens para os ataques até os traficantes em liberdade do Comando Vermelho, facção que domina o
Complexo do Alemão.
"Existem indícios de que a
indiciada Beatriz mantinha
relacionamento amoroso
com Marcinho VP e, utilizando-se deste tipo de vínculo
sentimental, recebia as ordens; repassadas posteriormente aos demais", afirmou
o juiz em sua decisão.
Teixeira proibiu ainda
Marcinho VP e Elias Maluco
de receberem visita íntima na
penitenciária federal de Porto Velho (RO), para onde foram transferidos na quinta.
Os pedidos de prisão partiram do Ministério Público Estadual e basearam-se em ligações dos advogados gravadas. Já se suspeitava de que a
ordem saíra de Catanduvas.
Ontem, o juiz federal Nivaldo Brunoni, corregedor
da penitenciária, autorizou a
transferência para Catanduvas de mais nove presos envolvidos nos ataques. Outros
dez presos já haviam chegado do Rio na quarta.
A autorização é liminar.
"Vamos analisar o perfil de
cada um para saber se devem
ficar em presídios federais."
Enquanto uns chegaram a
Catanduvas, outros -como
Elias Maluco e Marcinho
VP- foram anteontem para
Porto Velho. No total, houve
troca de 15 presos de Catanduvas para Porto Velho. Segundo Brunoni, o "rodízio"
entre presídios federais já era
analisado, mas os ataques
anteciparam esse processo.
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