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Vereadora teve ajuda
de dono de cartório
da Agência Folha, em Curitiba
A médica e ex-vereadora Rosa
Maria Chiamullera decidiu adotar uma criança quando percebeu
que a idade avançava e que não
conseguia manter um relacionamento estável que lhe pudesse
proporcionar uma gravidez.
Como médica da saúde pública
no Estado do Paraná, ela já havia
intermediado muitas "adoções à
brasileira", a maioria para casais
com problemas de infertilidade.
"Pensei um dia: Já ajudei tantas
pessoas a terem filhos, que tal eu
mesmo adotar uma criança?"
Logo depois, ela ficou sabendo
de uma mulher que já havia tido
três filhos, um dos quais havia
doado. Era uma empregada doméstica que não tinha apoio familiar e engravidara pela quarta vez.
A então vereadora manteve
contato com a mãe da criança durante a gestação e ficou acertado
que apanharia o bebê no hospital.
Para a mãe, a vereadora disse que
iria enviar o recém-nascido para
São Paulo. O bebê foi apanhado
no hospital 24 horas após o parto.
Com a ajuda de amigos donos
de cartório, a médica registrou o
menino em seu nome e ajudou financeiramente a mãe biológica
da criança por alguns meses.
Hoje, R.C. está com 10 anos, é
uma criança saudável e vive todos
os benefícios proporcionados por
uma família de classe média alta.
Rosa contou sobre a adoção
quando R.C tinha 5 anos. "Ele sabe conviver com o fato de ser adotivo. O meu filho é a melhor coisa
que aconteceu na minha vida."
A médica disse que não se arrepende da adoção ilegal. "Eu não
achei que estava fazendo a coisa
errada. A prática era comum."
Disse que não tem receio de falar sobre a adoção ilegal. "Nenhum juiz, em sã consciência, tiraria meu filho de mim."
A médica disse que não sabe hoje do destino da mãe da criança e
que evita falar com o filho sobre
os irmãos biológicos. Na última
vez que viu a mãe natural de R.C.,
a mulher disse à vereadora que sabia que ela estava com a criança.
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