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Grupos de apoio
fizeram a ponte
da Agência Folha
A pesquisadora Lídia Weber
conseguiu acesso à maior parte
das famílias pesquisadas com a
ajuda de 35 grupos de apoio à
adoção do país. Após um contato
telefônico com as famílias, a pesquisadora enviou-lhes um questionário com 75 perguntas.
Outras famílias ouvidas acabaram sendo indicadas pelas que
iam respondendo ao questionário. Ao todo, a pesquisadora consultou cerca de 600 famílias
-10% não aceitaram participar.
O maior problema para a realização da pesquisa foi a falta de informações sobre o universo de famílias adotantes no país. Por isso,
os números permitem dar uma
idéia apenas aproximada do panorama nacional da adoção.
Para a pesquisadora, o mais
provável é que as adoções ilegais
sejam ainda mais expressivas.
O professor Ailton Amélio da
Silva, do Instituto de Psicologia da
USP, concorda. Para ele, o ideal
seria conhecer o universo das pessoas que adotam ilegalmente.
Como, porém, as pessoas não se
denunciam, a forma adotada pela
professora, na opinião de Silva, é
o único caminho para "ajudar a
lançar luz sobre esse universo".
A psicóloga, psicanalista e pesquisadora Maria Antonieta Pisano Motta, da PUC-SP, que estuda
os motivos que levam mães à adoção, afirma que, para conseguir
realizar uma pesquisa como a de
Lídia Weber, é fundamental a
participação dos grupos de apoio,
que dão segurança às famílias.
O trabalho "A Adoção no Brasil", uma tese de doutorado, será
apresentado no Departamento de
Psicologia Experimental da USP.
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