São Paulo, Segunda-feira, 27 de Dezembro de 1999


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Grupos de apoio fizeram a ponte

da Agência Folha

A pesquisadora Lídia Weber conseguiu acesso à maior parte das famílias pesquisadas com a ajuda de 35 grupos de apoio à adoção do país. Após um contato telefônico com as famílias, a pesquisadora enviou-lhes um questionário com 75 perguntas.
Outras famílias ouvidas acabaram sendo indicadas pelas que iam respondendo ao questionário. Ao todo, a pesquisadora consultou cerca de 600 famílias -10% não aceitaram participar.
O maior problema para a realização da pesquisa foi a falta de informações sobre o universo de famílias adotantes no país. Por isso, os números permitem dar uma idéia apenas aproximada do panorama nacional da adoção.
Para a pesquisadora, o mais provável é que as adoções ilegais sejam ainda mais expressivas.
O professor Ailton Amélio da Silva, do Instituto de Psicologia da USP, concorda. Para ele, o ideal seria conhecer o universo das pessoas que adotam ilegalmente.
Como, porém, as pessoas não se denunciam, a forma adotada pela professora, na opinião de Silva, é o único caminho para "ajudar a lançar luz sobre esse universo".
A psicóloga, psicanalista e pesquisadora Maria Antonieta Pisano Motta, da PUC-SP, que estuda os motivos que levam mães à adoção, afirma que, para conseguir realizar uma pesquisa como a de Lídia Weber, é fundamental a participação dos grupos de apoio, que dão segurança às famílias.
O trabalho "A Adoção no Brasil", uma tese de doutorado, será apresentado no Departamento de Psicologia Experimental da USP.


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