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Apreensão teve aumento de 127%
MAURO ALBANO
DA AGÊNCIA FOLHA
A quantidade de maconha
apreendida pela Polícia Federal
aumentou 127% no ano passado
em relação a 1999. O número saltou de 69 toneladas em 1999 para
157 toneladas em 2000.
O delegado Getúlio Bezerra, diretor da DRE (Divisão de Repressão a Entorpecentes) da Polícia
Federal, afirmou que parte das
apreensões realizadas em outros
Estados também é resultado de
investigações iniciadas em Mato
Grosso do Sul.
Segundo o delegado Bezerra, o
Estado é a principal "porta de entrada" da maconha no território
brasileiro devido à fronteira com
Paraguai e Bolívia, dois dos maiores pólos exportadores de drogas,
e à dificuldade de fiscalização.
De acordo com ele, o efetivo da
Polícia Federal nas fronteiras não
é suficiente para controlar o tráfico e o contrabando.
A maioria das apreensões de
maconha feitas no país em 2000
(77,8%) foi realizada na região
Centro-Oeste. Em seguida, vem a
região Sudeste com 11,5%.
Já o total de cocaína apreendida
pela PF sofreu uma redução de
30% entre 1999 e 2000: foram
apreendidas 4,7 toneladas, contra
6,8 toneladas em 1999.
Crack
As apreensões de crack caíram
ainda mais. De 176,5 kg em 1999,
passaram a 55,9 kg em 2000
-uma redução de 68,3%.
"Também não há como apontar
com certeza a origem dessa queda", disse o diretor da DRE. "Os
agentes que combatem todos os
tipos de entorpecentes são os
mesmos e, ainda assim, temos resultados bastante diferentes",
afirmou.
Uma possibilidade para a redução da quantidade de cocaína
apreendida, segundo Bezerra, é a
maior sofisticação das quadrilhas
que lidam com esse tipo de entorpecente.
"O número de apreensões tem
se mantido estável, mas as quantidades são menores. Eles sabem
mudar de estratégia", afirmou o
delegado.
A região Sudeste lidera o ranking das apreensões de cocaína,
concentrando 35% do total de
material descoberto pela Polícia
Federal. Em seguida aparece a região Centro-Oeste, com 24,3%
das apreensões.
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