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Investigador é acusado de assassinar colega no Brás
Para a polícia, houve uma confusão e um agente pensou que o outro era criminoso
Vítima tinha denunciado, horas antes, um ponto de usuários de drogas; acusado diz em depoimento que atirou em legítima defesa
DO "AGORA"
O investigador Reynaldo Noronha Zacharkiv, 36, é acusado
de matar com um tiro no peito
outro agente, o policial civil Edson Aires Orphanake, 36, anteontem à noite, no Brás (região central de São Paulo).
A polícia diz que houve uma
confusão: um agente pensou
que o outro era bandido. Testemunhas ouvidas pela reportagem, porém, disseram que Zacharkiv descarregou seu revólver mesmo após Orphanake dizer que era policial.
Zacharkiv disse, em depoimento, que estava investigando
um crime e que só atirou depois
que atiraram nele.
Na tarde de anteontem, Orphanake foi à 1ª Delegacia Seccional denunciar que a praça
Francisco Frangione, que fica
em frente a sua casa, é ponto de
usuários de drogas. À noite, segundo testemunhas, Zacharkiv
apareceu a pé e abordou um irmão de Orphanake, que também é policial, fingindo ser drogado. O irmão de Orphanake
mandou que ele fosse embora.
Segundo relatos, o irmão
chamou Orphanake e um amigo (escrivão de polícia), que estavam na casa. Uma mulher
que presenciou a cena disse que
os dois saíram e gritaram ser da
polícia. Nesse momento, Zacharkiv teria sacado e atirado,
gritando também ser da polícia.
Um dos tiros atingiu Orphanake no peito. Uma testemunha disse que o irmão revidou
os tiros. Nesse momento, segundo testemunhas e polícia,
encostou uma Parati prata, dirigida por outro policial (o nome não foi divulgado). Zacharkiv fugiu nesse carro. Orphanake foi levado pela PM ao hospital, mas morreu no caminho.
Zacharkiv voltou à 1ª Delegacia e foi preso sob acusação de
homicídio doloso (com intenção de matar).
O delegado Emílio Antonio
Paschoal, da Corregedoria da
Polícia Civil, disse que houve
um erro policial e que nenhum
dos dois policiais estava envolvido com o tráfico.
Outro lado
Zacharkiv disse que atirou
em legítima defesa. Ele afirmou, em seu depoimento, que
foi até o local porque estava investigando um crime de furto.
Ali, teria sido expulso por Orphanake e seu irmão. Disse ter
ouvido disparos ao virar as costas e revidado.
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