São Paulo, sexta-feira, 28 de janeiro de 2011 |
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FOCO Proprietária vai à Justiça para tirar João Gilberto de imóvel MARCELO BORTOLOTI DO RIO O músico João Gilberto, que completa 80 anos em junho, está sendo despejado do apartamento onde mora no Leblon, zona sul do Rio. O pedido judicial foi feito pela dona do imóvel, a condessa Georgina de Faucigny Lucinge Brandolini d'Adda. Segundo seu advogado, ela quer o apartamento de volta em razão do comportamento excêntrico do cantor, que não permite a entrada de ninguém no imóvel. A gota d'água foi o fato de ter colocado restrições ao acesso de pedreiros que iriam consertar uma janela. "A proprietária é uma pessoa de posses, e não depende deste aluguel para sobreviver. Ela achou um desaforo o inquilino se apropriar desta forma do apartamento, onde passou parte da sua vida", afirma o advogado Paulo Roberto Pereira Mendes. Georgina de Faucigny mora na Itália e é casada com Ruy Brandolini d'Adda, que tem título de conde e é um dos acionistas da Fiat. O músico baiano aluga o local há 15 anos, e a vigência do último contrato venceu em julho do ano passado. A ordem de despejo é fundada em denúncia vazia, instrumento que permite ao proprietário pedir o imóvel de volta sem alegar motivo. A partir do momento em que receber a notificação, o músico tem 15 dias para dizer se vai acatá-la ou refutá-la. João Gilberto é conhecido por viver recluso e deixar pouco o apartamento. Ele costuma pedir suas refeições por telefone e recebe poucas visitas. Quando sai de casa, sempre de taxi, pede que o carro entre na garagem. O cantor, que não tem assessoria de imprensa e rompeu com seu empresário, não atendeu as ligações da Folha. Sua filha, Bebel, não quis comentar o assunto. Segundo o advogado da proprietária, as negociações para que João Gilberto entregasse o imóvel começaram há seis meses. Em princípio ele havia aceitado deixá-lo, mas, em dezembro, avisou que não sairia mais. "Esperamos que tudo acabe rápido e ele se aloje em outro local. Mas pelo jeito isto vai virar uma novela", diz Mendes. Texto Anterior: Metrô pode ser avisado de crimes por torpedos Próximo Texto: No calor do paletó Índice | Comunicar Erros |
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