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Suposta vítima de pílula inócua receberá pensão de R$ 1.560
RONI LIMA
da Sucursal do Rio
Em audiência de conciliação, a
Justiça do Rio determinou ontem
que o laboratório Schering do Brasil pague provisoriamente uma
pensão mensal de 12 salários mínimos (R$ 1.560) à professora Paloma Riberto Trepin, 36.
Mãe há quatro meses de gêmeas,
Paloma diz ter engravidado porque estaria tomando o anticoncepcional Microvlar que, produzido
para teste sem o princípio ativo,
acabou vendido no mercado.
A juíza da 42ª Vara Cível, Vera
Maria Andrade Lage Tourinho,
determinou também que a Schering instale um telefone na casa de
Paloma, no município de Volta
Redonda (RJ), para qualquer
emergência médica, e providencie
uma carteira para ela da Unimed.
A decisão vale até o julgamento
do mérito da ação judicial movida
por Paloma contra a companhia. O
advogado da professora, Jorge Béja, calcula que a ação deverá levar
dois anos para ser julgada.
Durante a audiência, Paloma reclamou que as filhas Evelyn e
Emily estão com problemas de
saúde -como rejeição ao leite de
vaca e insuficiência respiratória-
e que, por não possuir ainda uma
carteira definitiva da Unimed, tem
tido problemas em marcar consultas e fazer exames.
No ano passado, a Justiça havia
determinado liminarmente que a
Schering pagasse o parto e um plano de saúde para as gêmeas.
A advogada da Schering, Silvia
Peixoto, disse que vai recorrer,
pois não concorda com a decisão.
Segundo sustentou a advogada durante a audiência, é "muito pequena" a hipótese de as cartelas do
medicamento terem chegado ao
mercado do Rio na época em que a
professora engravidou.
Trepin disse não ter guardado
nenhuma cartela vazia pílula. No
início da ação, seu médico atestara
que ela tomava a pílula Microvlar
havia 12 anos.
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