DA REPORTAGEM LOCAL

Nota divulgada ontem pela Prefeitura de São Paulo atribui a exoneração de Eduardo Jorge à "necessidade de mudanças de rumo na área da saúde, cujos problemas vinham se avolumando nos últimos meses".
"Não procedem, portanto, as alegações do ex-secretário, [feitas] em carta distribuída à imprensa na qual aponta divergências em nomeações para cargos de confiança, a fim de explicar sua demissão", diz a nota da administração.
O comunicado, transmitido à Folha às 18h42 de ontem por e-mail, alterou declarações sobre o assunto feitas pela prefeita Marta Suplicy (PT) horas antes. Ao ser questionada à tarde sobre a saída de Jorge, ela desconversou. "Não sei de que demissão você está falando."
Questionada novamente sobre o assunto e informada de que Jorge iria alegar que sua saída envolvia críticas a nomeações políticas, Marta se irritou: "Não existe nenhuma possibilidade de o secretário falar essas barbaridades que você falou", disse Marta sobre as críticas, confirmadas depois, quanto às nomeações políticas.
A irritação ocorreu porque Marta foi surpreendida. Na véspera, ela teve reunião com Jorge e acertou que ele pediria demissão. Segundo a Folha apurou, o acordo era para evitar desgaste para os dois lados.


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