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Índice de assassinatos caiu 5% em 2004
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil registrou um crescimento de 48,4% em sua taxa de
homicídios em uma década
(1994-2004), período no qual o
aumento da população foi apenas de 16,5%.
Apesar disso, houve uma
queda de 5,2% na taxa em
2004, quando o número de assassinatos registrados no país
caiu de 51.043 para 48.374. Foi
a primeira queda, desde 1994,
na comparação com o resultado do ano anterior.
Mas esse número -48.374-
é também menor do que o total
de homicídios registrados em
2002, 47.899.
De acordo com o estudo da
OEI (Organização dos Estados
Ibero-Americano), essa queda
é "diretamente imputável às
políticas de desarmamento"
durante a campanha de 2004.
Antes disso, ainda segundo o levantamento, o crescimento
anual de homicídios tinha uma
média anual de 5%.
Ainda assim, o Brasil fechou
2004 com uma taxa de 27 homicídios por 100 mil habitantes, o que deixou o país em
quarto lugar entre 84 países
avaliados.
A distribuição porém é desigual, já que há uma forte concentração em 10% dos municípios. Em outros 30% dos municípios brasileiros, esse índice
está abaixo de três homicídios
por 100 mil habitantes.
O Estatuto do Desarmamento foi promulgado em dezembro de 2003 e a Campanha Nacional pelo Desarmamento começou em julho de 2004. O referendo de outubro de 2005
não proibiu a comercialização
de armas, mas foi considerado
um marco no aprofundamento
do tema pela sociedade.
550 mil mortos
Os homicídios por arma de
fogo totalizaram 34.187 em
2004, de acordo com os registros de óbitos no país.
Segundo o mesmo pesquisador do Mapa da Violência, Julio
Jacobo Waiselfisz, mais de 550
mil pessoas morreram vítimas
de armas de fogo entre 1979 e
2003 no país.
Mais da metade dos assassinatos por arma de fogo em
2004 aconteceram na região
Sudeste.
Os 10% dos municípios com a
maior taxa de homicídios por
arma de fogo concentram
77,2% das mortes do país, segundo dados de 2004, tendência que segue o panorama dos
homicídios em geral, inclusive
da distribuição geográfica pelo
país, com grande foco no Pará,
Centro-Oeste e Pernambuco.
Em Pernambuco e no Rio de
Janeiro, as taxas de assassinato
com arma de fogo são de 40,6 e
41,3 para cada 100 mil habitantes, mais do dobro da taxa nacional de 2004, 19,1.
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