São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 2009

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Paula Oliveira depõe em tribunal na Suíça

Brasileira deve manter versão de ataque realizado por três neonazistas, afirma advogada de defesa

DE GENEBRA
DA REDAÇÃO

A brasileira Paula Oliveira prestou depoimento ontem no prédio do Tribunal de Justiça de Zurique, na Suíça, conforme reportagem da Rede Globo. Paula se manteve calada na saída do tribunal.
Antes do depoimento, a advogada Renata Cavalcanti Sonnevelt, que trabalha no escritório contratado para defender Paula, havia afirmado à Folha que ela manteria a sua versão. A brasileira diz que foi atacada por três neonazistas no último dia 9, numa estação de trem perto de Zurique, e que a agressão a fez perder os gêmeos que esperava. "Ela mantém a sua versão", diz Renata.
No entanto, segundo a polícia de Zurique, Paula confessou ainda enquanto estava internada que havia inventado o ataque e a gravidez e que os ferimentos que tem na pele foram feitos por ela mesma.
Depois que Paula deixou o Tribunal de Justiça de Zurique, o advogado Roger Müller declarou à Rede Globo: "Ela não negou o depoimento, mas, às vezes, é melhor dizer que não se lembra em vez de mentir (...). Houve um interrogatório de várias horas, ela não pode ter dito a toda hora que não se lembrava, mas eu não posso revelar o que ela disse."
Para a defesa da brasileira, a confissão colhida pelos policiais quando Paula ainda estava internada num hospital de Zurique não tem valor jurídico, pois foi feita sem a presença do advogado dela.
A advogada Renata reiterou que a confissão não pode ser usada como prova. "Só conta o que ela disser a partir de agora, diante do procurador."
A Procuradoria Geral de Zurique confirma que a confissão não vale como prova, mas diz que ela não pode ser descartada e que pode ser usada nos interrogatórios.


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