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Paula Oliveira depõe em tribunal na Suíça
Brasileira deve manter versão de ataque realizado por três neonazistas, afirma advogada de defesa
DE GENEBRA
DA REDAÇÃO
A brasileira Paula Oliveira
prestou depoimento ontem no
prédio do Tribunal de Justiça
de Zurique, na Suíça, conforme
reportagem da Rede Globo.
Paula se manteve calada na saída do tribunal.
Antes do depoimento, a advogada Renata Cavalcanti Sonnevelt, que trabalha no escritório contratado para defender
Paula, havia afirmado à Folha
que ela manteria a sua versão.
A brasileira diz que foi atacada
por três neonazistas no último
dia 9, numa estação de trem
perto de Zurique, e que a agressão a fez perder os gêmeos que
esperava. "Ela mantém a sua
versão", diz Renata.
No entanto, segundo a polícia de Zurique, Paula confessou
ainda enquanto estava internada que havia inventado o ataque e a gravidez e que os ferimentos que tem na pele foram
feitos por ela mesma.
Depois que Paula deixou o
Tribunal de Justiça de Zurique,
o advogado Roger Müller declarou à Rede Globo: "Ela não
negou o depoimento, mas, às
vezes, é melhor dizer que não
se lembra em vez de mentir
(...). Houve um interrogatório
de várias horas, ela não pode
ter dito a toda hora que não se
lembrava, mas eu não posso revelar o que ela disse."
Para a defesa da brasileira, a
confissão colhida pelos policiais quando Paula ainda estava internada num hospital de
Zurique não tem valor jurídico,
pois foi feita sem a presença do
advogado dela.
A advogada Renata reiterou
que a confissão não pode ser
usada como prova. "Só conta o
que ela disser a partir de agora,
diante do procurador."
A Procuradoria Geral de Zurique confirma que a confissão
não vale como prova, mas diz
que ela não pode ser descartada e que pode ser usada nos interrogatórios.
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