São Paulo, quarta-feira, 28 de março de 2001

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SAÚDE

Houve crescimento em três regiões de São Paulo; segundo Centro de Controle de Zoonoses, combate à doença foi intensificado

Aumentam focos do mosquito da dengue

ADÉLIA CHAGAS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, aumentaram de janeiro para fevereiro nas regiões do centro, Butantã/Lapa/Pinheiros e Ipiranga, áreas que correspondem às ARS (Administrações Regionais de Saúde) 1, 2 e 3, respectivamente.
Até agora foram registrados nove casos da doença em São Paulo, mas todos na região norte, onde há o maior número de focos, 690 em janeiro e fevereiro.
Na região da ARS 2 houve um aumento de 255% dos focos (de 9 para 32). Na área da ARS 3, o aumento foi de 135% (de 14 para 33). Na região da ARS 1, estão os locais onde foram identificados o maior número de focos das três regiões: 30 em janeiro e 57 em fevereiro, um aumento de 90%.
A quantidade de focos aumentou em 250% nas três regiões, em relação ao mesmo período do ano passado. Em janeiro e fevereiro de 2000 foram detectados 18 na ARS 1, 15 na ARS 2 e 17 na ARS 3.
As áreas englobam mais do que os bairros de referência. Juntas, elas somam 39 bairros. A do centro é a maior com 17 (da Barra Funda a Vila Mariana).

Metade só este ano
Apenas nos dois meses de 2001, o número de focos corresponde a 51% do total do ano passado. Foram registrados em janeiro e fevereiro deste ano 896. Em todo o ano de 2000 foram 1.757.O levantamento é do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Para haver a transmissão é necessário ter na área o mosquito e pessoas contaminadas.
De acordo com a responsável pela divisão técnica do Controle de Roedores e Vetores do CCZ, Elizabeth Gonçalves, os focos aumentaram por causa das condições climáticas, mais chuva e calor e também pelo aumento do número de recipientes.
O superintendente da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), Luiz Jacintho da Silva, não descarta a possibilidade de que haja um surto por causa do aumento dos focos. Ele diz, no entanto, que a evolução dos casos não aponta para um surto. "Não há indícios, porque o número de casos é pequeno perto da população de São Paulo.
Silva afirma ainda que não há trabalho que dê resultado sem a conscientização da população, que precisa eliminar os principais focos. Locais como pneus, caixas d'águas não vedadas e recipientes que acumulam água são apontados como propícios ao mosquito.
De acordo com Elizabeth, a prefeitura resolveu intensificar o combate à dengue nas áreas das ARS 1, 2 e 3, devido ao aumento dos focos nas três regiões.


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