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SAÚDE
Houve crescimento em três regiões de São Paulo; segundo Centro de Controle de Zoonoses, combate à doença foi intensificado
Aumentam focos do mosquito da dengue
ADÉLIA CHAGAS
DA REPORTAGEM LOCAL
Os focos do mosquito Aedes
aegypti, transmissor da dengue,
aumentaram de janeiro para fevereiro nas regiões do centro, Butantã/Lapa/Pinheiros e Ipiranga,
áreas que correspondem às ARS
(Administrações Regionais de
Saúde) 1, 2 e 3, respectivamente.
Até agora foram registrados nove casos da doença em São Paulo,
mas todos na região norte, onde
há o maior número de focos, 690
em janeiro e fevereiro.
Na região da ARS 2 houve um
aumento de 255% dos focos (de 9
para 32). Na área da ARS 3, o aumento foi de 135% (de 14 para
33). Na região da ARS 1, estão os
locais onde foram identificados o
maior número de focos das três
regiões: 30 em janeiro e 57 em fevereiro, um aumento de 90%.
A quantidade de focos aumentou em 250% nas três regiões, em
relação ao mesmo período do ano
passado. Em janeiro e fevereiro
de 2000 foram detectados 18 na
ARS 1, 15 na ARS 2 e 17 na ARS 3.
As áreas englobam mais do que
os bairros de referência. Juntas,
elas somam 39 bairros. A do centro é a maior com 17 (da Barra
Funda a Vila Mariana).
Metade só este ano
Apenas nos dois meses de 2001,
o número de focos corresponde a
51% do total do ano passado. Foram registrados em janeiro e fevereiro deste ano 896. Em todo o
ano de 2000 foram 1.757.O levantamento é do Centro de Controle
de Zoonoses (CCZ).
Para haver a transmissão é necessário ter na área o mosquito e
pessoas contaminadas.
De acordo com a responsável
pela divisão técnica do Controle
de Roedores e Vetores do CCZ,
Elizabeth Gonçalves, os focos aumentaram por causa das condições climáticas, mais chuva e calor e também pelo aumento do
número de recipientes.
O superintendente da Sucen
(Superintendência de Controle de
Endemias), Luiz Jacintho da Silva,
não descarta a possibilidade de
que haja um surto por causa do
aumento dos focos. Ele diz, no entanto, que a evolução dos casos
não aponta para um surto. "Não
há indícios, porque o número de
casos é pequeno perto da população de São Paulo.
Silva afirma ainda que não há
trabalho que dê resultado sem a
conscientização da população,
que precisa eliminar os principais
focos. Locais como pneus, caixas
d'águas não vedadas e recipientes
que acumulam água são apontados como propícios ao mosquito.
De acordo com Elizabeth, a prefeitura resolveu intensificar o
combate à dengue nas áreas das
ARS 1, 2 e 3, devido ao aumento
dos focos nas três regiões.
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