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Estado de SP registra primeira morte por hantavirose em 1 ano
ROGÉRIO PAGNAN
DA FOLHA RIBEIRÃO
A região de Ribeirão Preto (319
km de São Paulo) registrou a primeira morte por hantavirose desde 2000 no Estado de São Paulo e
a quinta do país este ano. O caso
ocorreu em janeiro, mas só foi divulgado ontem, após a confirmação do exame.
A vítima -que não teve o nome
divulgado- era do sexo feminino, tinha 20 anos, era solteira e
não tinha filhos. Ela trabalhava
em uma praça de pedágio entre
Sertãozinho e Ribeirão Preto.
A hantavirose é uma doença
causada por um vírus que existe
na urina, fezes e saliva de ratos silvestres. O vírus se espalha pelo ar,
chegando ao corpo da vítima pela
respiração. A doença também pode ser causada pela mordida.
O responsável pelo setor de
hantavírus do Instituto Adolfo
Lutz de São Paulo, Luiz Heloy Pereira, 50, está na região tentando
descobrir o foco da doença, já que
a vítima trabalhava em Sertãozinho, morava em Ribeirão Preto e
tinha parentes em Riolândia.
"O resultado dos testes deve ficar pronto em 20 dias", disse.
Pereira e sua equipe capturaram
ratos próximos ao pedágio onde a
garota trabalhava para a realização de exames. Somente na madrugada de ontem, em 320 armadilhas colocadas, 112 animais foram capturados. "É um número
muito grande", afirmou.
Os trabalhos devem terminar
amanhã, segundo o perito do
Adolfo Lutz. De acordo com o secretário da Saúde de Sertãozinho,
Pedro Thomé Francisco dos Reis,
52, a vítima apresentou sintomas
semelhantes aos de uma gripe forte -febre, dores musculares e nas
articulações. "Depois disso, o
quadro se agravou e houve hemorragia nos pulmões e a morte
ocorreu por sufocamento", afirmou o secretário.
A última morte ocorrida na região foi em maio de 99.
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