São Paulo, sábado, 28 de março de 2009

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WILSON MENDES CALDEIRA JÚNIOR (1940-2009)

O "sonhador" Cito, os prédios e os cães

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A família de Wilson tinha um prédio de 30 pavimentos no centro de São Paulo. Em 1975, então com 35 anos, ele e a cidade pararam para ver o edifício cair: foi ao chão em oito segundos, dinamitado por 500 kg de explosivos. No lugar, fizeram a estação Sé do Metrô. Foi a primeira implosão de um prédio no país.
Quando tinha apenas 18 anos, Wilson Mendes Caldeira Júnior perdeu seu pai, incorporador e fundador da Bolsa de Imóveis do Estado de SP, vítima de um infarto. Em homenagem a ele, ergueu outro prédio, na zona sul. Botou o nome do pai.
Na sexta, 20, o mesmo problema cardíaco se repetiu na família: Cito, como era chamado, morreu aos 68.
Empresário do ramo imobiliário, começou "de baixo", como office-boy, por exigência de seu pai. Foi corretor de imóveis, banqueiro, armador e dono de minas em Serra Pelada. Ultimamente, dedicava-se, principalmente, aos cães: a são bernardo Joaquina e o labrador Manuel. Estava chateado com a morte, há duas semanas, da cadela Eulália, mãe do labrador.
Segundo Joselene, sua última mulher, com quem foi casado por 20 anos, Cito, além de boêmio e amante da música, era sonhador e carismático. Casado três vezes, três filhos teve (Maria Christina, Wilson e André), além de um neto. Uma de suas mulheres, Eleonora, inspirou a música "Morena dos Olhos d'Água" (1966), de Chico Buarque. A missa de sétimo dia foi ontem, em SP.

obituario@grupofolha.com.br


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