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WILSON MENDES CALDEIRA JÚNIOR (1940-2009)
O "sonhador" Cito, os prédios e os cães
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A família de Wilson tinha
um prédio de 30 pavimentos
no centro de São Paulo. Em
1975, então com 35 anos, ele
e a cidade pararam para ver o
edifício cair: foi ao chão em
oito segundos, dinamitado
por 500 kg de explosivos. No
lugar, fizeram a estação Sé do
Metrô. Foi a primeira implosão de um prédio no país.
Quando tinha apenas 18
anos, Wilson Mendes Caldeira Júnior perdeu seu pai,
incorporador e fundador da
Bolsa de Imóveis do Estado
de SP, vítima de um infarto.
Em homenagem a ele, ergueu outro prédio, na zona
sul. Botou o nome do pai.
Na sexta, 20, o mesmo problema cardíaco se repetiu na
família: Cito, como era chamado, morreu aos 68.
Empresário do ramo imobiliário, começou "de baixo",
como office-boy, por exigência de seu pai. Foi corretor de
imóveis, banqueiro, armador
e dono de minas em Serra
Pelada. Ultimamente, dedicava-se, principalmente, aos
cães: a são bernardo Joaquina e o labrador Manuel. Estava chateado com a morte,
há duas semanas, da cadela
Eulália, mãe do labrador.
Segundo Joselene, sua última mulher, com quem foi
casado por 20 anos, Cito,
além de boêmio e amante da
música, era sonhador e carismático. Casado três vezes,
três filhos teve (Maria Christina, Wilson e André), além
de um neto. Uma de suas
mulheres, Eleonora, inspirou a música "Morena dos
Olhos d'Água" (1966), de
Chico Buarque. A missa de
sétimo dia foi ontem, em SP.
obituario@grupofolha.com.br
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