|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RAPHAELA CARROZZO SCARDUA (1923-2010)
Uma baronesa que trabalhou pela educação
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Se a família de Raphaela
Scardua tivesse slogan, seria
"Desde 1927 trabalhando pela
educação". Naquele ano, seu
pai criou o Rio Branco, primeiro colégio de Bragança
Paulista. Não imaginou que a
família iria se dedicar à área.
Raphaela, nascida na capital, cresceu em Bragança e foi
até o Rio cursar letras na
PUC. Formou-se no fim da
década de 40. De volta a SP,
trabalhou como assessora do
secretário da Agricultura.
Em Sorocaba, deu curso para mulheres que visitavam
áreas rurais a fim de orientar
famílias. Depois, fez o mesmo
serviço em Campinas (SP).
Nos anos 60, nesta Folha,
assinou a coluna "Lar Rural",
em que dava dicas para a
construções de habitações
rurais. Em 1966, fundou o
curso de economia doméstica
na Esalq-USP, onde ficou até
1979, quando se aposentou.
Em 1984, abriu o Instituto
Maria Imaculada, que oferece
cursos universitários em Piracicaba e Mogi Guaçu. Em
1990, criou a Associação Santa Lúcia, em Mogi Mirim.
Dedicou-se às intituições
educacionais até 2007. Seus
dias só acabavam quando as
aulas acabavam, diz o filho
Rubens. Segundo ele, o sonho
da mãe era formar jovens.
Ela era chamada de baronesa porque o marido, professor da USP, recebeu título
de barão do governo italiano.
Havia caído e quebrado o
fêmur. Morreu na terça, aos
86, de embolia pulmonar. Em
seu velório esteve um dos primeiros alunos a colar grau
com ela. Deixa viúvo, dois filhos -que trabalham com
gestão escolar- e dois netos.
coluna.obituario@uol.com.br
Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Escola leva malhação para educação física Índice
|