São Paulo, domingo, 28 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RAPHAELA CARROZZO SCARDUA (1923-2010)

Uma baronesa que trabalhou pela educação

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Se a família de Raphaela Scardua tivesse slogan, seria "Desde 1927 trabalhando pela educação". Naquele ano, seu pai criou o Rio Branco, primeiro colégio de Bragança Paulista. Não imaginou que a família iria se dedicar à área.
Raphaela, nascida na capital, cresceu em Bragança e foi até o Rio cursar letras na PUC. Formou-se no fim da década de 40. De volta a SP, trabalhou como assessora do secretário da Agricultura.
Em Sorocaba, deu curso para mulheres que visitavam áreas rurais a fim de orientar famílias. Depois, fez o mesmo serviço em Campinas (SP).
Nos anos 60, nesta Folha, assinou a coluna "Lar Rural", em que dava dicas para a construções de habitações rurais. Em 1966, fundou o curso de economia doméstica na Esalq-USP, onde ficou até 1979, quando se aposentou.
Em 1984, abriu o Instituto Maria Imaculada, que oferece cursos universitários em Piracicaba e Mogi Guaçu. Em 1990, criou a Associação Santa Lúcia, em Mogi Mirim.
Dedicou-se às intituições educacionais até 2007. Seus dias só acabavam quando as aulas acabavam, diz o filho Rubens. Segundo ele, o sonho da mãe era formar jovens.
Ela era chamada de baronesa porque o marido, professor da USP, recebeu título de barão do governo italiano.
Havia caído e quebrado o fêmur. Morreu na terça, aos 86, de embolia pulmonar. Em seu velório esteve um dos primeiros alunos a colar grau com ela. Deixa viúvo, dois filhos -que trabalham com gestão escolar- e dois netos.

coluna.obituario@uol.com.br


Texto Anterior: Mortes
Próximo Texto: Escola leva malhação para educação física
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.