DA REPORTAGEM LOCAL

As instituições de combate ao câncer estão passando por um processo inédito de reequipamento hospitalar a partir da liberação de US$ 91 milhões em aparelhos de alta tecnologia do Ministério da Saúde.
Segundo o presidente do Hospital do Câncer de São Paulo, Ricardo Renzo Brentani, 64, que assumiu a presidência da Abifcc, associação que reúne 33 instituições filantrópicas de combate ao câncer, o reequipamento vai possibilitar melhoria no tratamento. Abaixo, trechos da entrevista:

Folha - Por que ainda se detecta tão tardiamente o câncer no Brasil?
Ricardo Renzo Brentani - Existe muita desinformação, inclusive dos médicos, que não são preparados para reconhecer um câncer. Das 110 escolas médicas no país, apenas 20 ensinam cancerologia. Na rede SUS, apenas 10% dos tumores são detectados precocemente, quando o aceitável deveria ser 25%. Isso deforma tudo. Mais gente morre do que deveria e mais se onera o sistema.

Folha - Quais serão os benefícios imediatos desses novos aparelhos?
Brentrani - Além de atender mais pessoas, são máquinas modernas, que endereçam melhor a energia e têm um resultado terapêutico mais eficiente. Como são bem calibradas, causam menos danos aos tecidos normais.
(CC)


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