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Mais da metade dos postos não tem licença ambiental
Estado vistoriou 1.200 postos irregulares ontem
NATÁLIA PAIVA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Responsáveis por 75% das
áreas contaminadas cadastradas em todo o Estado, os postos
de combustível foram alvo, ontem, de uma operação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente que colocou mais de mil
estabelecimentos em processo
de interdição e lacrou outros
nove -dois na capital.
De acordo com a secretaria,
4.900 dos 9.500 postos estão
sem a licença de operação da
Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), responsável pela fiscalização e licenciamento desses empreendimentos segundo as
normas do Conama (Conselho
Nacional do Meio Ambiente).
Um dos postos lacrados ontem foi o Auto Posto Memorial,
na Barra Funda.
O ponto concentra vários dos
problemas dos postos irregulares: tanque sem parede dupla
(para prevenir vazamento, em
caso de corrosão), bomba sem
caixa de contenção (para evitar
que o combustível chegue ao
solo), sem canaleta (sulco ao redor do posto, para o óleo não
chegar à rua) e sem caixa separadora de água e óleo (uma para
a parte da lavagem, outra para a
de abastecimento, troca de óleo
e descarga de combustível).
O dono do estabelecimento,
que não quis se identificar, disse que o posto deve sofrer uma
reforma -mas, até lá, vai continuar funcionando na parte da
troca de óleo. "Não lacraram o
posto, só as bombas." De acordo com a secretaria, o estabelecimento lacrado não pode prestar nenhum tipo de serviço.
O posto da Barra Funda, sem
bandeira, já havia recebido
duas advertências e três multas
por funcionamento ilegal, totalizando mais de R$ 33 mil.
A vistoria de ontem foi feita
em 1.200 postos sem licença -a
maioria já havia sido notificada
anteriormente, de acordo com
o secretário estadual do Meio
Ambiente, Xico Graziano.
A interdição só pode ser feita
após a terceira aplicação de penalidade. Geralmente, antes do
lacre, são aplicadas uma advertência e duas multas.
Graziano afirma que as blitze
devem ser feitas a cada 45 dias.
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