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Kassab cria mais uma pasta e manda titular para Londres
Com a Articulação de Grandes Eventos, São Paulo bate
recorde com 29 secretarias; antecessores dispunham de 21
Walter Feldman, que
assumirá o cargo, acaba de deixar o PSDB e deve
se filiar ao PSD, novo
partido do prefeito
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
Para acomodar aliados políticos, o prefeito Gilberto
Kassab atingiu ontem um recorde: criou a 29ª secretaria
municipal de São Paulo.
As duas gestões anteriores, de José Serra (PSDB) e
Marta Suplicy (PT), trabalhavam com 21 secretarias.
A nova Secretaria Especial
de Articulação de Grandes
Eventos chega para ampliar
o espaço do PMDB na gestão
e acomodar Walter Feldman,
ex-tucano que deve aderir ao
PSD, novo partido de Kassab.
Feldman, que comandava
a Secretaria de Esportes, foi
nomeado para a nova pasta.
A partir da semana que vem,
passará a despachar de Londres. A ideia é acompanhar
por seis meses os preparativos para a Olimpíada de 2012.
Bebeto Haddad, presidente municipal do PMDB, vai
assumir a Secretaria de Esportes, e o ex-prefeito de Barretos Uebe Rezeck vai ficar
com a pasta de Participação e
Parcerias. Os dois assumem
na terça da semana que vem.
Em nota, a gestão Kassab
afirma que o cargo de "secretário especial" tem estrutura
mínima, portanto não é possível compará-lo ao cargo de
um secretário da Educação,
por exemplo, que demanda
mais estrutura da máquina.
APROXIMAÇÃO
Kassab anunciou a saída
do DEM para fundar a nova
sigla, que deve ser alinhada
com o governo federal.
O primeiro resultado desse
movimento foi a adesão do
PC do B à gestão do prefeito.
Os comunistas indicaram
Gilmar Tadeu Ribeiro Alves
-dirigente partidário que
trabalhava como assessor de
Netinho de Paula na Câmara- para ocupar a Secretaria
Especial de Articulação da
Copa do Mundo de Futebol.
A posse foi na segunda-feira.
As articulações de Kassab,
com a abertura de espaço para novos aliados, garantiram
ao prefeito ampla maioria na
Câmara Municipal. No fim do
ano passado, ele foi o fiador
da candidatura de José Police
Neto à presidência da Casa.
Hoje, 13 dos 55 vereadores
fazem oposição efetiva a Kassab -os 11 do PT, Aurélio Miguel (PR) e Tião Farias, tucano com maior ligação ao grupo do governador Geraldo
Alckmin no PSDB. Carlos
Apolinário e Milton Leite,
ambos do DEM, não chegam
a ser governistas, mas tampouco fazem oposição.
Os demais vereadores do
PSDB se mantêm fiéis a Kassab, mesmo no momento em
que a sigla acaba de perder
quase metade da bancada,
que deve migrar para o PSD.
Votações importantes devem
começar semana que vem.
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