São Paulo, quinta-feira, 28 de abril de 2011

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Oito municípios ficam sem coleta após desmoronamento em lixão

Problemas ocorrem na Grande São Paulo desde segunda-feira

RAPHAEL MARCHIORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Oito cidades da Grande São Paulo estão tomadas por sujeira. O motivo é que a coleta do lixo foi suspensa ou ocorre com atraso desde segunda-feira, quando ocorreu a interdição do aterro Pajoan, em Itaquaquecetuba.
O lixão acabou interditado depois do desmoronamento de cerca de 450 mil toneladas de resíduos e de terra, que geraram até uma explosão.
Ontem, técnicos da Cetesb, Ministério Público e representantes do aterro chegaram a acordo para melhorar as condições sanitárias do local, que segue fechado.
Para contornar o problema, as cidades da região buscam uma alternativa. Mogi das Cruzes, Arujá, Poá e Suzano disseram ter retomado ontem a coleta, recorrendo ao aterro Anaconda, na vizinha cidade de Santa Isabel.
A CS Brasil, responsável pela coleta em Mogi das Cruzes e Arujá, admite, no entanto, que há atrasos nos serviços por causa da mudança.
Edélcio Lungarezi, um dos proprietários do aterro de Santa Isabel, confirma que já recebeu lixo de Mogi das Cruzes e Arujá -mas disse que ainda não recebeu resíduos dos demais municípios.
Itaquaquecetuba e Biritiba Mirim afirmaram negociar com o aterro para também mandarem seu lixo para lá.
A retomada da coleta, porém, não significa a solução imediata do problema. O Pajoan, interditado por tempo indeterminado, recebia em média 1.700 toneladas por dia, e o Anaconda recebe menos de um terço disso.
"Estamos negociando com as cidades e a Cetesb para dobrarmos nossa capacidade diária. Para isso, a vida útil do aterro deve diminuir e teremos de comprar maquinário e contratar mais funcionários", afirma Lungarezi.
A Prefeitura de Salesópolis admitiu a falta de coleta de lixo desde a interdição no Pajoan e disse que ainda não tem um novo local para despejar seus resíduos. Já o responsável pela coleta em Ferraz de Vasconcelos não atendeu aos contatos da Folha.

SACO EM TODO CANTO
A reportagem percorreu bairros de Poá, Itaquaquecetuba, Suzano e Ferraz de Vasconcelos e encontrou sacos de lixo amontoados nas calçadas, pendurados em árvores, portões e muros.
O entregador Renato Jerônimo da Silva, 40, diz que onde mora, em Suzano, o lixo está espalhado por todo o lado. "Com o feriado e o problema no aterro, o lixeiro não passa há uma semana."


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