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Oito municípios ficam sem coleta após desmoronamento em lixão
Problemas ocorrem na Grande São Paulo desde segunda-feira
RAPHAEL MARCHIORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Oito cidades da Grande
São Paulo estão tomadas por
sujeira. O motivo é que a coleta do lixo foi suspensa ou
ocorre com atraso desde segunda-feira, quando ocorreu
a interdição do aterro Pajoan, em Itaquaquecetuba.
O lixão acabou interditado
depois do desmoronamento
de cerca de 450 mil toneladas
de resíduos e de terra, que geraram até uma explosão.
Ontem, técnicos da Cetesb, Ministério Público e representantes do aterro chegaram a acordo para melhorar as condições sanitárias
do local, que segue fechado.
Para contornar o problema, as cidades da região buscam uma alternativa. Mogi
das Cruzes, Arujá, Poá e Suzano disseram ter retomado
ontem a coleta, recorrendo
ao aterro Anaconda, na vizinha cidade de Santa Isabel.
A CS Brasil, responsável
pela coleta em Mogi das Cruzes e Arujá, admite, no entanto, que há atrasos nos serviços por causa da mudança.
Edélcio Lungarezi, um dos
proprietários do aterro de
Santa Isabel, confirma que já
recebeu lixo de Mogi das Cruzes e Arujá -mas disse que
ainda não recebeu resíduos
dos demais municípios.
Itaquaquecetuba e Biritiba
Mirim afirmaram negociar
com o aterro para também
mandarem seu lixo para lá.
A retomada da coleta, porém, não significa a solução
imediata do problema. O Pajoan, interditado por tempo
indeterminado, recebia em
média 1.700 toneladas por
dia, e o Anaconda recebe menos de um terço disso.
"Estamos negociando com
as cidades e a Cetesb para dobrarmos nossa capacidade
diária. Para isso, a vida útil
do aterro deve diminuir e teremos de comprar maquinário e contratar mais funcionários", afirma Lungarezi.
A Prefeitura de Salesópolis
admitiu a falta de coleta de lixo desde a interdição no Pajoan e disse que ainda não
tem um novo local para despejar seus resíduos. Já o responsável pela coleta em Ferraz de Vasconcelos não atendeu aos contatos da Folha.
SACO EM TODO CANTO
A reportagem percorreu
bairros de Poá, Itaquaquecetuba, Suzano e Ferraz de Vasconcelos e encontrou sacos
de lixo amontoados nas calçadas, pendurados em árvores, portões e muros.
O entregador Renato Jerônimo da Silva, 40, diz que onde mora, em Suzano, o lixo
está espalhado por todo o lado. "Com o feriado e o problema no aterro, o lixeiro não
passa há uma semana."
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