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Viva a Mata reúne 75 mil pessoas em 3 dias
Um dos assuntos tratados no evento foi a extinção de espécies da mata atlântica; muriqui-do-norte é um dos animais ameaçados
Para comemorar o Dia
Nacional da Mata Atlântica
houve uma caminhada da
marquise do Ibirapuera até
o Monumento às Bandeiras
AFRA BALAZINA
DA REPORTAGEM LOCAL
"Quer continuar a respirar?
Comece a preservar", dizia um
dos adesivos distribuídos ontem a motoristas durante uma
mobilização pela vida e pelo
ambiente -realizada para comemorar o Dia Nacional da
Mata Atlântica-, no Monumento às Bandeiras, na zona
sul de SP. Os manifestantes saíram da marquise do parque Ibirapuera às 11h e foram até o
monumento. Uma bateria
acompanhava o grupo.
O Viva a Mata 2007, promovido pela Fundação SOS Mata
Atlântica, ocorreu de sexta até
ontem e reuniu 75 mil pessoas
no Ibirapuera -em 2006, foram 60 mil visitantes.
Neste ano, um dos temas
abordados foi a extinção das espécies da mata atlântica.
Segundo Luiz Paulo Pinto, da
Conservação Internacional,
60% dos animais da lista de
ameaçados do Ibama habitam a
mata atlântica.
Ele diz que é preciso investir
em pesquisas para conhecer as
características das espécies e
descobrir a que ameaças elas
estão sujeitas. Só assim a proteção poderá ser mais adequada.
O problema, afirma, é que
atualmente prefere-se investir
em paisagens ou biomas e não
num único animal.
O muriqui-do-norte -maior
macaco das Américas- é um
dos animais que estão em situação preocupante. "Estima-se
que existam entre 1.000 e 1.500
indivíduos espalhados", diz.
Eles aparecem na zona da mata
mineira, por exemplo. "Se nada
for feito, essas populações isoladas não vão persistir", afirma.
Guarapiranga
Na represa de Guarapiranga,
na zona sul de SP, ocorreu também, ontem, um abraço simbólico em defesa do manancial,
que abastece cerca de 3,7 milhões de pessoas na Grande SP.
A manifestação, planejada
por aproximadamente 30 organizações, entre elas o ISA (Instituto Socioambiental), teve como tema "Chega de projetos,
queremos ação".
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